Prefeito de Manaus, Arthur Neto, é contrário à prorrogação de mandatos até 2022

Prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (Reprodução/Semcom)

Da Revista Cenarium

O Prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB), se manifestou sobre a reportagem publicada na REVISTA CENARIUM, na quinta-feira, 28, sobre a Carta Aberta da Associação Amazonense de Municípios (AAM) em parceria com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), endereçada ao Congresso Nacional.  O documento pede a prorrogação do mandato e a unificação das eleições em 2022.

Arthur diz não conhecer o documento, encaminhando pelo prefeito de Maués, Júnior Leite (PSD). “Não tenho conhecimento da carta, não sou signatário dela, portanto”, declarou o prefeito.

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Mesmo desconhecendo o documento na íntegra, Arthur entende e refuta sua proposta. “E eu discordo por entender que os mandatos são sagrados. Embora eu tenha muito respeito pela Associação Nacional dos Municípios (AAM), eu tenho mais ligação com a Frente Nacional dos Prefeitos (FNP)”, observou.

O prefeito de Maués, Junior Leite (PSD), é presidente da AAM e um dos signatários da carta enviada ao Congresso, que pede prorrogação da eleições e a unificação dos pleitos para 2022. (reprodução/internet)

Unificação

O gestor da capital amazonense comenta ainda a proposta de unificar as eleições em 2002.  “No final do governo Collor, chegaram a falar em eleições conjuntas e eu, talvez tenha sido o primeiro prefeito de capital brasileira a dizer que eu não aceitava a prorrogação do meu mandato”, recordou.

Para ele, o voto é uma conquista sagrada. “Eu sempre ia trabalhar as minhas conquistas no voto popular, sabendo o que o povo pensa de mim, o que acha do meu trabalho e como me encara”, resumiu.

Mesmo com a pandemia, Arthur acredita nas eleições ainda em 2019. “Vejo que a situação, de fato, é delicada, admitida como tal pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Barroso. Não sabemos como estará a situação do novo Coronavírus em outubro”, declarou.

“Acho muito difícil que façam uma eleição em outubro, mas eu acho muito possível que se faça essa eleição, por exemplo, em dezembro”, apostou.

Sugestão

O prefeito comenta sugestões. “Já ouvi uma sugestão de fazer dia 6 de dezembro e o segundo turno vinte dias depois, dia 26, não havendo a necessidade de prorrogar mandatos. Eu sou contra a prorrogação”, afirmou.

Para ele, se o Tribunal Superior Eleitora (TSE) as eleições para janeiro de 2021 ainda seria aceitável. “Eu ainda posso engolir seco e aceitar, mas sou contra ficar até 2022 sem ter sido votado. De jeito algum eu concordaria. Minha vida política sempre foi construída em voto popular”, reconheceu.

Como parâmetro ele cita os EUA. “Os Estados Unidos, que estão em plena pandemia e o calendário eleitoral está mantido, como vai ser eu não sei, é uma coisa nova. E se eles fazem lá, enfraquece muito essa tese de prorrogação”, acredita.

Previsões

Com muito tempo de estrada, o político faz previsões. “Acho que é um desejo do TSE não prorrogar mandatos, que seriam biônicos, sem a mesma legitimidade daqueles que foram eleitos pelo povo”, acredita. Arthur não alimenta qualquer vontade de continuar no cargo, pela via da prorrogação. “Se eu tiver que ter outros [mandatos], serão todos fundados e consolidados nas urnas, no voto popular”, comunicou.  

Para ele, as próximas eleições, pós-pandemia, são uma incógnita. “Quem sabe acabem fazendo comícios virtuais, discursos on-line? Enfim, não sei como vai ser”, falou.

“Tudo vai mudar com a pandemia, inclusive a forma de fazer campanha. Vai mudar a forma de aproximação das pessoas”, finalizou.

(*) Com informações da assessoria

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