Prefeito de Manaus busca apoio para ampliar assistência aos afetados por estiagem histórica

Prefeito anuncia interdição da praia da Ponta Negra para o banho e outras medidas de auxílio às comunidades afetadas pela vazante. (02.out.23 - Clóvis Miranda / Semcom)
Da Revista Cenarium Amazônia*

MANAUS (AM) – O prefeito de Manaus, David Almeida, se reúne, nesta terça-feira, 3, com os comandantes das forças armadas na região, em busca de apoio para o atendimento às comunidades rurais da capital amazonense atingidas pela estiagem deste ano, que já é uma das maiores da história.

David Almeida será recebido, pela manhã, pelo comandante do Comando Militar da Amazônia (CMA), general de Exército Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves; e pelo comandante do Sétimo Comando Aéreo Regional (VII Comar), major-brigadeiro do ar, David Almeida Alcoforado. À tarde, a reunião é com o comandante do 9º Distrito Naval da Marinha do Brasil, vice-almirante Thadeu Marcos Orosco Coelho Lobo.

A união da prefeitura com as forças armadas tanto agilizará quanto irá ampliar a ajuda humanitária às milhares de famílias ameaçadas de sofrer desabastecimento, de alimentos e água potável.

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Nesta segunda-feira, durante anúncio da interdição por 90 dias da praia da Ponta Negra, para banhos no Rio Negro, o chefe do Executivo municipal antecipou a doação imediata de alimentos e água mineral para cerca de 6,8 mil pessoas, além da perfuração de poços nas comunidades ribeirinhas, em parceria com a concessionária Águas de Manaus.

Cestas básicas serão entregues à famílias afetadas pela estiagem. (2.out.23 – Divulgação/Semcom)
Medidas

Diante do cenário da seca, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante) anunciou, na manhã dessa segunda-feira, 2, a interdição, para banhistas, da praia da Ponta Negra, na Zona Oeste da cidade. A medida vale por 90 dias e é necessária para a segurança dos banhistas.

O Rio Negro atingiu, na manhã desta segunda-feira, 2, o nível de 15,29 metros, a apenas 1,66 metro do menor nível da história, registrado em outubro de 2010.

Interdição da praia da Ponta Negra para o banho. (2.out.23 -Clóvis Miranda / Semcom)

Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que a situação continuará crítica, pelo menos pelas próximas três semanas diante da previsão ínfima de chuvas. Isso aponta que o nível dos rios deve continuar baixando.

Segundo o secretário municipal de Segurança Pública e Defesa Social, Sergio Fontes, ainda nesta semana, a Prefeitura de Manaus pedirá auxílio do governo federal. “Estamos encaminhando um pedido de auxílio para água, cestas básicas, botijas de gás e perfuração de poços, para atender, principalmente, a população ribeirinha“, detalhou.

Ajuda humanitária será enviada para comunidades afetadas pela estiagem. (2.out.23 – Divulgação/Semcom)

David Almeida disse ainda que recebeu uma ligação do Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e que o ministro está se programando para visitar o Amazonas nos próximos dias.

Previsão da estiagem

A capital do Amazonas entrou em estado de emergência, por 90 dias, devido à seca do Rio Negro, que já é considerada a maior dos últimos dez anos, de acordo com medições do Porto de Manaus. Com a cota em 15,14 metros até a manhã desta terça-feira, 3, a estiagem causa prejuízos às populações ribeirinhas e rural de Manaus.

Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CRPM), o Rio Negro deve atingir o ápice da seca deste ano na segunda quinzena de outubro, em Manaus. O levantamento faz parte do primeiro informativo de alerta da vazante do Serviço Geológico do Brasil (CRPM).

A estiagem também atinge outros municípios do Estado. Até essa segunda-feira, 2, dos 62 municípios do Amazonas, 23 estavam em emergência, 35 em alerta, dois estavam em situação de atenção e dois em situação de normalidade.

(*) Com informações da Prefeitura de Manaus

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