Início » Economia » Produtores das Unidades de Conservação do Amazonas terão vantagens com a parceria FAS & Conab
Produtores das Unidades de Conservação do Amazonas terão vantagens com a parceria FAS & Conab
Com uma enorme riqueza natural, a floresta amazônica é celeiro de produtos bioeconomicos, que podem gerar renda para quem nela vive (Reprodução/Divulgação)
Compartilhe:
14 de junho de 2020
Da Revista Cenarium *
MANAUS – Em mais uma articulação para levar geração de renda aos produtores do interior, principalmente em Unidades de Conservação (UCs), a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) firmou parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A iniciativa vem para facilitar o acesso de agricultores familiares e extrativistas à Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). Nesse programa, o produtor recebe um valor adicional pela produção comercializada por meio de uma subvenção concedida pelo Governo Federal.
PUBLICIDADE
No Amazonas, são nove os produtos da sociobiodiversidade previstos no PGPM-Bio: açaí, andiroba, babaçu, borracha natural, buriti, cacau extrativo, castanha-do-brasil, murumuru, piaçava e pirarucu. Com o programa, os produtores dessas cadeias têm complemento de renda de até R$ 12 mil por ano.
Cadastramento
De acordo com o coordenador regional da FAS, Marilson Silva, uma das ações da fundação será o cadastramento de agricultores e extrativistas aptos a participarem do programa.
A partir da identificação dos candidatos, a FAS e o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) enviarão à Conab a documentação necessária, viabilizando o acesso dos produtores ao benefício.
“Faremos o trabalho de campo, garantindo que o produtor receba um adicional pela produção comercializada. Isso é apoio à geração de renda”, sinalizou o coordenador.
Marilson destacou o papel da FAS. “Para a FAS é muito importante o apoio às cadeias produtivas. Já incentivamos, por meio do Fundo Amazônia/BNDES, a estruturação das cadeias produtivas, com insumos, máquinas, equipamentos e qualificação aos produtores”, elencou
“Agora, por meio da parceria com a Conab, fecharemos o ciclo apoiando também a comercialização”, explicou Marilson. Segundo ele, a FAS atende 40 mil famílias em 16 unidades de conservação do Amazonas.
O gerente do programa ‘Floresta em Pé’, Edvaldo Corrêa, afirmou que a política de subvenção é mais uma alternativa de comercialização para o produtor rural.
“O acesso ao subsídio pelos extrativistas vai dar oportunidade de vendas e garantia de preço aos seus produtos, principalmente na época da safra, quando o preço cai bastante”, previu.
Edvaldo chamou atenção para outro detalhe. “Este ano, temos perspectivas de incluir os manejadores de pirarucu no acesso a esta política. Foi um grande avanço a inclusão do pirarucu de áreas de manejo natural como produto da sociobiodiversidade”, comemorou.
“Em épocas em que o preço do produto está mais baixo, acessar essa política de preço mínimo é uma grande vantagem, pois garante um recurso maior ao produtor”, avaliou.
Cooperação e fomento
Para o superintendente da Conab no Amazonas, Pedro Jorge Benício, a cooperação com a FAS é essencial para fomentar a adesão às políticas de subvenção dentro das Unidades de Conservação do Amazonas. O superintendente ressaltou que mais agricultores e extrativistas podem conhecer os benefícios do programa com essa iniciativa.
“A Conab disponibiliza ao produtor rural um portfólio de programas que possibilitam a geração de renda, favorecem a segurança alimentar e nutricional, e atuam fortemente, no caso do Amazonas, na manutenção da floresta em pé”, observou o superintendente.
“Entre esses programas, entendemos que a PGPM-BIO possui um grande potencial para ser implementado dentro das unidades (de conservação) onde a FAS atua”, afirmou Benício.
O superintendente também destacou as vantagens da política de preço mínimo, que é menos burocrática. “O produtor nem precisa ter uma conta bancária. Se ele não tiver uma conta, pode retirar o recurso direto em sua agência bancária, portando identidade e CPF”, informou.
Na PGPM-Bio, o preço mínimo é estabelecido junto com os comunitários, de forma participativa. A Conab paga a diferença ao produtor sempre que o preço de venda cai abaixo do preço mínimo estabelecido, garantindo renda para as famílias produtoras.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.