Produtores das Unidades de Conservação do Amazonas terão vantagens com a parceria FAS & Conab

Com uma enorme riqueza natural, a floresta amazônica é celeiro de produtos bioeconomicos, que podem gerar renda para quem nela vive (Reprodução/Divulgação)


Da Revista Cenarium *

MANAUS – Em mais uma articulação para levar geração de renda aos produtores do interior, principalmente em Unidades de Conservação (UCs), a Fundação Amazonas Sustentável (FAS) firmou parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A iniciativa vem para facilitar o acesso de agricultores familiares e extrativistas à Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio). Nesse programa, o produtor recebe um valor adicional pela produção comercializada por meio de uma subvenção concedida pelo Governo Federal.

PUBLICIDADE

No Amazonas, são nove os produtos da sociobiodiversidade previstos no PGPM-Bio: açaí, andiroba, babaçu, borracha natural, buriti, cacau extrativo, castanha-do-brasil, murumuru, piaçava e pirarucu. Com o programa, os produtores dessas cadeias têm complemento de renda de até R$ 12 mil por ano.

O manejo do Pirarucu é uma das alternativas visadas pela parceria entre FAS e Conab (Reprodução/Divulgação)

Cadastramento

De acordo com o coordenador regional da FAS, Marilson Silva, uma das ações da fundação será o cadastramento de agricultores e extrativistas aptos a participarem do programa.

A partir da identificação dos candidatos, a FAS e o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) enviarão à Conab a documentação necessária, viabilizando o acesso dos produtores ao benefício.

“Faremos o trabalho de campo, garantindo que o produtor receba um adicional pela produção comercializada. Isso é apoio à geração de renda”, sinalizou o coordenador.

Marilson destacou o papel da FAS. “Para a FAS é muito importante o apoio às cadeias produtivas. Já incentivamos, por meio do Fundo Amazônia/BNDES, a estruturação das cadeias produtivas, com insumos, máquinas, equipamentos e qualificação aos produtores”, elencou

“Agora, por meio da parceria com a Conab, fecharemos o ciclo apoiando também a comercialização”, explicou Marilson. Segundo ele, a FAS atende 40 mil famílias em 16 unidades de conservação do Amazonas.

O gerente do programa ‘Floresta em Pé’, Edvaldo Corrêa, afirmou que a política de subvenção é mais uma alternativa de comercialização para o produtor rural.

“O acesso ao subsídio pelos extrativistas vai dar oportunidade de vendas e garantia de preço aos seus produtos, principalmente na época da safra, quando o preço cai bastante”, previu.

Edvaldo chamou atenção para outro detalhe. “Este ano, temos perspectivas de incluir os manejadores de pirarucu no acesso a esta política. Foi um grande avanço a inclusão do pirarucu de áreas de manejo natural como produto da sociobiodiversidade”, comemorou.

“Em épocas em que o preço do produto está mais baixo, acessar essa política de preço mínimo é uma grande vantagem, pois garante um recurso maior ao produtor”, avaliou.

O açaí também está incluso no pacote de fomento da parceria FAS/Conab (Reprodução/Divulgação)

Cooperação e fomento

Para o superintendente da Conab no Amazonas, Pedro Jorge Benício, a cooperação com a FAS é essencial para fomentar a adesão às políticas de subvenção dentro das Unidades de Conservação do Amazonas. O superintendente ressaltou que mais agricultores e extrativistas podem conhecer os benefícios do programa com essa iniciativa.

“A Conab disponibiliza ao produtor rural um portfólio de programas que possibilitam a geração de renda, favorecem a segurança alimentar e nutricional, e atuam fortemente, no caso do Amazonas, na manutenção da floresta em pé”, observou o superintendente.

“Entre esses programas, entendemos que a PGPM-BIO possui um grande potencial para ser implementado dentro das unidades (de conservação) onde a FAS atua”, afirmou Benício.

O superintendente também destacou as vantagens da política de preço mínimo, que é menos burocrática. “O produtor nem precisa ter uma conta bancária. Se ele não tiver uma conta, pode retirar o recurso direto em sua agência bancária, portando identidade e CPF”, informou.

Na PGPM-Bio, o preço mínimo é estabelecido junto com os comunitários, de forma participativa. A Conab paga a diferença ao produtor sempre que o preço de venda cai abaixo do preço mínimo estabelecido, garantindo renda para as famílias produtoras.

(*) Com informações da assessoria

PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.