Quatro homens morrem após helicóptero cair na Zona Oeste de São Paulo

Eles viajavam do Guarujá para o heliporto do Campo de Marte, em Santana, na Zona Norte (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)
Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO – O helicóptero PR-PGC, que pertencia à empresa Helimarte Táxi Aéreo, caiu por volta das 14h35 desta sexta-feira, 17, no bairro da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista. O major do do Corpo de Bombeiros, Yuri Moraes, informou que são quatro vítimas fatais, todos homens: três de São Paulo e um do Rio de Janeiro. Eles viajavam do Guarujá para o heliporto do Campo de Marte, em Santana, na Zona Norte.

Os bombeiros enviaram nove viaturas para fazer o atendimento. No local também há equipes da Polícia Militar e Defesa Civil. A queda ocorreu na rua Padre Luís Alves Siqueira esquina com rua James Holland, atrás do Atacadão e próximo ao cruzamento entre as avenidas Abrahão Ribeiro e Norma Pieruccini Gianotti, passagem entre a avenida Pacaembu e a marginal Tietê.

O imóvel onde a aeronave caiu está abandonado e possui uma placa indicando que a área está em tramitação para futuro empreendimento de interesse social.

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Segundo o Corpo de Bombeiros, não houve reporte de problemas à torre de comando do aeroporto. Antes de cair dentro de uma empresa, a aeronave, modelo Robinson 44 Raven II, fabricada em 2007, colidiu contra um coqueiro e pedaços ficaram espalhados pela rua, como um fone de ouvido, fuselagem e um tênis. Não houve explosão. Uma parte da hélice ficou presa entre os galhos da árvore.

Uma peça foi parar no teto de um estabelecimento abandonado a cerca de 100 metros do local, na rua dos Americanos.

“Estava no farol olhando para o helicóptero. Ele deu uma guinada e de repente a hélice parou. Ele despencou como chumbo”, disse o propagandista Weber Boppré, 63.

O advogado da Helimarte Táxi Aéreo, Sergio Gegers, conversou rapidamente com a imprensa e não quis fornecer a identificação das vítimas. Segundo ele, a empresa tem muitas aeronaves e é preciso precaução ao revelar quem foram as vítimas.

Gegers disse que a empresa vai prestar apoio aos investigadores e às famílias dos mortos e confirmou que a aeronave voltava de um voo ao Guarujá, no litoral paulista. Ele ainda confirmou que o piloto não reportou qualquer problema durante o percurso.

O helicóptero prefixo PR-PGC estava regularmente cadastrado na Agência Nacional de Avião Civil (Anac). De acordo com a base de dados da Anac, a aeronave possui o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) ativo e com validade até 8 de dezembro deste ano.

Técnicos da Defesa Civil fizeram vistoria no local e disseram que não houve danos a imóveis, já que o helicóptero colidiu contra o coqueiro. A Polícia Militar isolou a área e aguarda a chegada da perícia para avaliar as causas da queda.

Outros casos

No dia 5 de agosto do ano passado, um helicóptero caiu no bairro do Jaraguá, na zona norte de São Paulo, deixando dois mortos.

O bimotor modelo Agusta A109-E, prefixo PP-JMA, da Majam Participações Ltda, teria saído do aeroporto de Congonhas, mas seu destino não foi divulgado.

E no dia 19 de outubro, outro helicóptero caiu no parque que fica entre as avenidas Túlio Teodoro de Campos e Jornalista Roberto Marinho, na região do Jabaquara, Zona Sul de São Paulo.

Esse acidente deixou duas pessoas feridas. O piloto da aeronave, de 51 anos, que sofreu traumatismo craniano e foi transportado pelo helicóptero Águia da PM até o Hospital das Clínicas. E um mecânico de 38 anos, que foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com fraturas nas pernas e braços.

(*) Com informações da Folhapress
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