Refinaria privatizada faz Manaus vender gasolina comum R$ 0,84 mais cara que em São Paulo
Tabela de preços de posto de Manaus (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)
Jefferson Ramos – Da Revista Cenarium
MANAUS (AM) – O preço da gasolina comum em Manaus voltou a subir nesta segunda-feira, 11, e registra o patamar de R$ 6,29 em alguns postos da cidade. Na semana passada, o preço do insumo era de R$ 5,99.
No período de uma semana, houve disparada de R$ 0,30, uma variação percentual para cima de 5% no preço final do derivado de petróleo. Na capital paulista, São Paulo, por exemplo, cujo combustível não é refinado por uma refinaria privada como o Amazonas, o preço médio da gasolina comum varia de R$ 5,45 a R$ 5,98 nas quatro zonas da metrópole da América Latina.
O levantamento é da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), que levantou o preço final da gasolina comum em 50 postos distribuídos nas cinco regiões da cidade no período de 26 a 27 de fevereiro.
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Apesar de pressionar o preço, a Refinaria da Amazônia (Ream), administrada pelo grupo Atem, que também atua na revenda e distribuição, diminuiu o preço do refino em R$ 0,12 na modalidade de venda EXA (entrega a serviço da compradora) e R$ 0,11 (entrega a serviço da refinaria)
Na semana passada, o preço era de R$ 3,26 nas duas modalidades de entrega do insumo. O refino é um dos elementos que compõem a cadeia de preço da gasolina. No Amazonas, por conta da privatização da refinaria Isaac Sabbá, rebatizada de Ream, o refino representa 52% da composição do preço.
Ainda compõem o preço da gasolina R$0,69 de impostos federais; R$1,37 do ICMS estadual e R$0,68 do etanol adicionado na composição da gasolina.
Em novembro do ano passado, a Ream respondeu à REVISTA CENARIUM que continua com a política de Preço de Paridade Internacional (PPI), abandonada pela Petrobras no início de 2023. O PPI considera a oscilação do preço do dólar e do barril do petróleo no mercado internacional e as repassa para o consumidor final.
Esses concorrentes do grupo Atem argumentaram ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), antes da privatização, que a gestão da refinaria pelo Atem consumaria um “monopólio” dado que o grupo também passou a atuar na revenda e distribuidora.
O aumento se deu devido ao aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), resultando na subida do valor do insumo de R$ 5,29 para até R$ 6,59 em alguns postos na capital amazonense.
Em outubro, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os secretários estaduais de Fazenda, aprovou o aumento em 2% da alíquota do ICMS. Como a mudança, desde o ano passado, o ICMS se tornou fixo, ou seja, não varia mais sobre o preço final ao consumidor. Com o reajuste da alíquota, o imposto de cobrança estadual subiu de R$ 1,22 para R$ 1,37.
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