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Roraima: Dino renova por mais três meses uso da Força Nacional em Terra Yanomami
Efetivo irá atuar em Boa Vista e Pacaraima (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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05 de setembro de 2023
Winicyus Gonçalves – Da Revista Cenarium Amazônia
BOA VISTA (RR) – O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) prorrogou por mais 90 dias a atuação da Força Nacional em Roraima. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 5, e assinada pelo ministro Flávio Dino.
O efetivo vai atuar no período de 5 de setembro a 3 de dezembro de 2023, em apoio aos órgãos de segurança pública de Roraima, nos municípios de Boa Vista e Pacaraima.
“A operação terá o apoio logístico do órgão demandante, que deverá dispor da infraestrutura necessária à Força Nacional de Segurança Pública”, diz trecho da portaria.
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O quantitativo de policiais que irão reforçar a segurança no Estado ainda não foi definido, mas conforme o documento, o efetivo será decidido em planejamento da Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e do Ministério.
A Força Nacional atua em Roraima desde agosto de 2018, quando 30 homens foram enviados a Boa Vista em razão da crise migratória, que trouxe milhares de venezuelanos ao Estado. O número de agentes, no entanto, aumentou em agosto de 2019, quando houve um tumulto entre brasileiros e venezuelanos em Pacaraima, no interior de Roraima, e 1,2 mil estrangeiros foram expulsos da cidade.
A Força Nacional atua na cidade em apoio aos órgãos de segurança pública, em atividades e “serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, em caráter episódico e planejado”, conforme trecho da portaria.
Desde janeiro, a Força Nacional atua também na Terra Indígena Yanomami, em razão da crise sanitária provocada pela invasão de garimpeiros, que deixou indígenas doentes com malária e desnutrição. Eles atuam na proteção das bases da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e na segurança dos 68 polos de atendimento médico dentro do território indígena.
Especialistas apontam que a invasão do garimpo predatório, além de provocar o aumento de doenças, causa violência, conflitos armados e devasta o meio ambiente. A ação aumenta o desmatamento, poluição de rios, devido ao uso do mercúrio, e causa prejuízos para a caça e a pesca. Tudo isso impacta nos recursos naturais essenciais à sobrevivência dos indígenas na floresta.
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