Saiba quem é a brasileira que pode quebrar jejum de 53 anos se for coroada nova Miss Mundo

Letícia Frota, candidata brasileira ao Miss Mundo (Reprodução/@letticiafrota/Redes Sociais)
Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO (SP) – No sábado, 9, a amazonense Letícia Frota quer cravar seu nome na história dos concursos de beleza. A modelo, que tem apenas 20 anos, pode quebrar um jejum de 53 anos se for coroada a nova Miss Mundo (ou Miss World, no original). Afinal, a última – e única – vitória brasileira no concurso foi em 1971, com a médica carioca Lúcia Petterle, que hoje tem 74 anos.

“A minha vida mudou completamente desde que me tornei Miss Brasil. Fui coroada ainda uma menina adolescente e, hoje, eu me considero uma mulher”, conta ela, em conversa com a coluna, diretamente de Mumbai, na Índia, onde participa da 71ª edição do tradicional certame, um dos mais antigos do setor.

“Tenho agora visões muito mais claras sobre o que eu quero para mim e para o mundo. Evoluí como ser humano, participando de projetos sociais, sou muito mais confiante e aprendi que não existem limites para os nossos sonhos”, explica ela, que é natural de Manaus e a primeira amazonense a vencer o título de Miss Brasil Mundo.

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Letícia Frota embarcando para o Miss Mundo (Reprodução/@letticiafrota/Redes Sociais)

Modelo, digital influencer e estudante de psicologia, Letícia foi coroada com o título nacional em agosto de 2022. Geralmente, as misses reinam por um ano completo, mas o tempo estendido se deu à agenda do mundial, cuja última edição foi em março de 2022. Contratempos provocados pela pandemia de Covid-19 e conflitos de agendas fizeram com que a organização optasse por quebrar a periodicidade anual nesse momento.

“Estou muito satisfeita e feliz de estar aqui. Esperei por quase dois anos para o concurso e me sinto pronta para levar o nome do nosso País ao pódio”, diz a jovem, que aproveitou o hiato para se aprofundar bastante em sua preparação, principalmente, no estudo de idiomas.

“Eu não falava inglês quando fui eleita Miss Brasil. Me dediquei muito, duas horas por dia, e fui ao Canadá fazer intercâmbio duas vezes. Hoje, me comunico muito bem”, afirma. “O inglês é fundamental, um idioma universal e necessário. Acredito muito no poder da comunicação.”

A final do Miss Mundo 2024 conta com um grupo de 112 misses dos quatro cantos do planeta. Elas estão no País asiático há algumas semanas, onde participam de etapas preliminares valendo pontos classificatórios, assim como eventos e passeios turísticos. A cerimônia será no palco do centro de eventos Jio World Convention Centre e será transmitida ao vivo, a partir das 10h (horário de Brasília), no YouTube.

Miss Brasil engajada

Além do inglês, aulas de passarela, conhecimentos gerais, oratória e cuidados estéticos, Letícia também intensificou sua atuação em projetos sociais. Isso porque o principal diferencial do Miss Mundo para outros concursos do setor, como o Miss Universo, por exemplo, é a etapa chamada de “Beleza com Propósito” (ou Beauty with a Purpose, no original). Nela, as candidatas apresentam um projeto social desenvolvido ao longo de seu reinado nacional, seja ele em seu País ou não.

“Como Miss Brasil, me tornei embaixadora da luta contra a hanseníase e abracei esta causa ao lado do Morhan [Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase]. Fiz viagens pelo País para conscientizar comunidades e a população sobre a doença. Estive no Ceará, no Mato Grosso, em Rondônia, no Acre, em Brasília e em São Paulo, entre outros lugares. Também fui a duas conferências fora do Brasil sobre o tema, uma na Índia e outra no Vaticano, onde recebi uma bênção do papa Francisco.”

A amazonense Letícia Frota pousando com o Traje Típico utilizado no Miss Mundo (Reprodução/@letticiafrota/Redes Sociais)

Letícia detalha ainda que não se limitou a essa causa e que se mobilizou sobre a seca na Amazônia. “Quando vi o que estava acontecendo na Amazônia, que é meu lar, senti que não podia ficar parada. Junto com um grupo, levamos alimentos, água e amor a povos ribeirinhos que estavam passando fome”, conta. Para completar a campanha, a miss também participou de projetos contra a fome em regiões da África do Sul e do Zimbábue.

“A principal característica que uma miss deve ter, hoje em dia, é a verdade, é a vontade de fazer a diferença. Um título de beleza sem ações sociais, sem um esforço para mudar a vida daqueles que mais precisam, sem dar voz aos que precisam, não teria valor algum. Eu fico muito feliz de estar participando de um concurso que me proporciona tudo isso”, afirma.

Leia mais: Após caso de transfobia, Justiça obriga concurso de beleza a aceitar inscrição de mulher trans no AM
(*) Com informações da Folhapress
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