Segurança de Lula expulsou pessoas de praia no Pará para presidente, afirmam banhistas

Foto na página de Lula mostra o presidente com os braços para o alto durante o pôr do sol no rio Tapajós - Ricardo Stuckert/Presidência
Da Revista Cenarium Amazônia*

ALTER DO CHÃO (PA) – Banhistas que estavam na manhã deste domingo, 6, numa praia do rio Tapajós, no Pará, afirmam ter sido retirados do local pela segurança do presidente Lula (PT) para a permanência do petista no local.

Vídeos feitos pelo técnico em eletrotécnica Neemias Costa, 42, mostram a abordagem de agentes da Polícia Federal e a aproximação de barcos da Marinha, que fazem a escolta do presidente.

À Folha ele disse que havia sete embarcações ancoradas na praia do Araria, cada uma com cerca de 20 famílias. Ele disse que a determinação foi de saída imediata.

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Chegamos por volta de 8h30 na praia. Antes disso, fizemos os procedimentos de passar pela Capitania Fluvial de Santarém e foi liberado o nosso barco para passeio. Quando foi umas 10h, chegou uma lancha da Capitania e outra com policiais federais. Eles pediram para a gente se retirar da praia, porque o barco do presidente ia ancorar lá. Ficamos chateados com isso, estávamos no nosso lazer e havia autorização.”

O auxiliar de produção Fábio Monteiro, 21, disse que estava no local e confirmou a informação. “A Marinha tinha confirmado que a gente poderia ir a praia, mas depois expulsaram a gente.”

Outras duas banhistas relataram que também passaram pela mesma situação. Segundo a doméstica Adriane do Santos, 30, o barco em que ela estava recebeu a abordagem dos militares com o pedido de retirada do espaço.

A gente já tinha afixado nossas redes nas árvores quando o pessoal da Marinha chegou e falou que estava interditado, que era para todos nós sairmos de lá“, afirma.

Gleide Lucinha Castro, 42, doméstica, conta que foi a primeira vez que passou por esta situação. Ela é moradora de Santarém e afirma que já participou de outros passeios iguais na mesma praia e nunca houve a necessidade de serem retirados.

A gente saiu do Araria, fomos para uma praia próxima e nessa outra praia também teve a perturbação, não deixaram a gente ficar. O barco foi para um local mais distante, aí que conseguimos ter nosso lazer.”

Procurada, a Presidência da República não comentou o caso. A Marinha disse, em nota, que está apurando e trabalha para esclarecer os fatos. A página do presidente em uma rede social divulgou neste domingo fotos dele na região.

O passeio de Lula por Alter do Chão tem sido acompanhado por agentes da Polícia Federal e da Marinha.

Não houve alteração na programação de descanso do presidente, apesar da soltura nesta sexta-feira, 4, do fazendeiro Arilson Strapasson, suspeito de afirmar que daria um tiro no presidente durante visita a Santarém (PA).

Nesta segunda-feira, 7, Lula participa de evento em Santarém. Em seguida, segue para Belém, capital do estado, onde participará da Cúpula da Amazônia.

Lula chegou na sexta-feira, 4, em Alter do Chão. Ele está hospedado em um dos dez bangalôs da Casa do Saulo, hotel e restaurante na praia do Carapanari.

A hospedagem foi recém-criada anexa ao restaurante de Saulo Jennings, que cunhou a expressão “cozinha tapajônica”, em referência à culinária com peixes típicos da região. Além do restaurante em Alter do Chão, ele mantém filiais em Belém e no Rio de Janeiro.

O custo médio da diária de um bangalô é de R$ 800. A Presidência da República e o hotel não informaram como e se a hospedagem foi cobrada.

Os dez bangalôs foram reservados para a comitiva presidencial. O espaço reduziu as atividades para turistas neste sábado e domingo, as encerrando às 16h, quando o local voltará a ficar exclusivo para o presidente.

(*) Com informações da Folhapress

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