Semana da Visibilidade Lésbica: conheça lutas e o cotidiano de mulheres LGBTQIA+ por meio da literatura

Confira algumas dicas de leitura com histórias de mulheres LGBTQIA+ (Daria Shevtsova/Pexels)
Priscilla Peixoto – Da Cenarium

MANAUS- No próximo dia 29 de agosto, será comemorado o “Dia Nacional da Visibilidade Lésbica”, data escolhida por ativistas brasileiras com o objetivo de denunciar as constantes violências psicológicas, emocionais e físicas sofridas por mulheres lésbicas na sociedade. Além disso, a data, celebrada durante toda a semana, contribui para a não invisibilização e apagamento da história de mulheres LGBTQIA+.

Para ressaltar a “Visibilidade Lésbica”, a CENARIUM traz algumas dicas literárias com temáticas e enredos que remetem o leitor a realidade dessas mulheres que enfrentam situações adversas dobradas por conta da orientação sexual. Confira as dicas:

“A Cor Púrpura”, por Alice Walker (Reprodução/Divulgação)

“A Cor Púrpura”

Um livro muito conhecido e assinado por Alice Walker aborda a vida de Celie, uma mulher semianalfabeta, abusada, física e psicologicamente, desde a infância pelo padrasto e também pelo marido. Uma obra, no estilo romance se desenrola com um compilado de cartas, escritas pela própria Celie. As escrituras seriam endereçadas para Deus, único ser que a sofrida mulher negra do Sul dos Estados Unidos poderia confiar.

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Ao longa da história, o livro vai mostrando o amor que surge entre Celie e a personagem Shug Every. O romance floresce após a convivência e o cuidado que uma possui pela outra. A personagem central vai descobrindo a sexualidade e entende que está apaixonada por Shug. Em meio à narrativa, o livro toca em questões atuais e convida o leitor a uma reflexão para uma sociedade, marcada pelas desigualdades de gêneros, etnias e classes sociais.

“Mama: Um relato de maternidade homoafetiva”, por Marcela Tiboni (Reprodução/Divulgação)

“Mama: Um relato de maternidade homoafetiva”,

Um livro que expressa o honesto relato de um casal, as mamães Marcela e Mel que juntas, decidiram ter viver a maternidade e contam a história desde o momento da decisão de terem filhos até as questões pontuais como qual das duas vai gestar a criança, o funcionamento do banco de sêmem, o registro dos filhos, tudo compartilhado de forma muito aberta no livro.

“Mama: Um relato de maternidade homoafetiva” é uma obra que além de falar sobre o amor vivido entre duas mulheres, ele fala sobre família e mostra a importância do diálogo. Um dos pontos marcantes da obra literária é o fato de Marcela Tiboni, a autora do livro, amamentar os filhos gêmeos, mesmo sem ter sido ela quem gestou a criança.

“Vem Cá: Vamos conversar sobre a saúde sexual de lésbicas e bissexuais”, por Larissa Darc (Reprodução/Divulgação)

 “Vem Cá: Vamos conversar sobre a saúde sexual de lésbicas e bissexuais”

Um livro de Larissa Darc toca na questão do despreparo no sistema de saúde, tanto no público quanto privado quando se trata da saúde e dignidade das mulheres lésbicas, bissexuais e trans. O livro mostra como uma pauta tão importante e real é constantemente ignorada há tempos.

Partindo da existência do problema e da invisibilidade, a autora convida os leitores e a sociedade como um todo a, uma reflexão e uma quebra de tabu quando o tema é sexo entre mulheres. Larissa tenta fazer da visibilidade o ponto que conduz toda a narrativa.

“Amora”, por Natália Borges Polesso (Reprodução/Divulgação)

“Amora”

Amora é um livro que narra contos sobre relações de mulheres homossexuais. Uma literatura leve, poética e com sensibilidade. Já ganhou o prêmio Jabuti em 2016 na categoria Contos. Fala abertamente sobre a lesbianidade.

Com vários contos, todas as mulheres se tornam protagonistas o livro representa muito bem, segundo s críticos, todo o campo da afetividade contida em um relacionamento entre mulheres. Ao mesmo tempo que narra contos ele permeia por desafios da transformações, do desconhecido do explorar e autoconhecimento.

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