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Sindicato de Jornalistas do Pará aponta falsa acusação de racismo em processo eleitoral
Vito Gemaque, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Reprodução/Fenaj)
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06 de novembro de 2023
Daleth Oliveira – Da Revista Cenarium Amazônia
BELÉM (PA)- Após ter sido acusada de racismo, a direção do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA) denuncia o crime de calúnia supostamente cometido pela Associação Internacional dos Jornalistas da Amazônia (AIJAM), em uma nota publicada na imprensa no último sábado, 4. O acusado, Vito Gemaque, jornalista e presidente do sindicato, registrou um Boletim de Ocorrência (BO) na tarde desta segunda-feira, 6, na Delegacia da Polícia Civil do Pará.
O sindicato está em período eleitoral e Gemaque é candidato à reeleição pela chapa 2 “Sempre Na Luta”. As eleições ocorrem no dia 20 de novembro. Para ele, a acusação foi feita e amplamente divulgada apenas para favorecer a chapa de oposição.
Em um vídeo publicado nas redes, Vito se defende e diz que tem como provar que a nota é mentirosa, e afirma ainda que essa não é a primeira vez que é atacado em meio à campanha da eleição do sindicato. “Mas dessa vez, as acusações chegaram no nível absurdo que preciso me pronunciar”, declara.
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A confusão teria começado na sexta-feira, 3, quando a classe estava reunida na sede do sindicato para tratar de regularização de associados do Sinjor, conta Vito.
“Chegou até nós da chapa 2 que a chapa 1 estava oferecendo auxílio para que jornalistas se regularizassem com o sindicato. Tem muitas pessoas que passam anos sem pagar e, para votar em novembro, precisam estar em dia com o Sinjor. Mas, para isso, pedimos que seja o próprio associado que solicite a regularização, não uma terceira pessoa. E foi por explicar isso às pessoas que a discussão começou“, relembra o jornalista.
Ao explicar as condições de regularização, ele e a tesoureira do sindicato, Carol Pombo, foram acusados de impedir que associados fossem regularizados. “A discussão esquentou quandoimpedimos um jornalista de solicitar a regularização de outros filiados. E depois, para a nossa surpresa, foi publicada uma nota em veículos de Belém como se nós estivéssemos o expulsado da sede e o ofendido, coisa que nunca ocorreu. E pior, por conta da cor da sua pele. Isso é um absurdo!“, diz Vito.
O ato da calúnia é dizer de forma mentirosa que alguém cometeu crime. Ele ocorre contra a honra da pessoa, pois atinge sua reputação perante à sociedade. Consta no artigo 138 do Código Penal que o crime pode resultar na detenção de seis meses a dois anos, além de uma multa.
A nota
Vito Gemaque se refere à nota da Associação Internacional dos Jornalistas da Amazônia (AIJAM), publicada nos veículos de comunicação da capital paraense no último sábado, 4, o acusando de racismo. “Presidente e tesoureira do Sinjor acusados de preconceito“, titulou o Diário Online, veículo do Grupo RBA, da família do governador Helder Barbalho (MDB).
“A Associação Internacional dos Jornalistas da Amazônia – AIJAM repudia, com veemência, a violência e o preconceito racial praticado contra o jornalista Mauro José dos Reis Araújo, o “Mauro Black”, pelo atual presidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará, Vito Gemaque, e pela tesoureira da entidade, Carolina Pombo, episódio lamentável, ocorrido dentro da sede do Sinjor-Pa. Na tarde de sexta-feira, 3, Mauro Black, na sua condição de negro, foi agredido verbalmente, com graves denúncias e palavras de baixo calão, por dois jornalistas que compõem a diretoria de um sindicato que deveria respeitar os direitos de seus filiados, bem como de qualquer cidadão“, diz a nota.
No comunicado, a entidade diz que os jornalistas do Pará precisam ficar atentos para “discursos hipócritas e vitimistas, com a clara intenção de enganar os sindicalizados e perpetuar o poder de uma meia dúzia que se diz defensora da classe trabalhadora“.
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