Início » Poder » STJ adia julgamento contra governador do AM após operação da Polícia Federal
STJ adia julgamento contra governador do AM após operação da Polícia Federal
Fachada do edifício sede do Superior Tribunal de Justiça (STJ) (Marcello Casal/Agência Brasil)
Compartilhe:
02 de junho de 2021
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu adiar, na manhã desta quarta-feira, 2, o julgamento da denúncia contra o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSL), do vice-governador, Carlos Almeida (PSDB), e de outras partes envolvidas no caso. A decisão acontece após a Polícia Federal deflagrar a quarta fase da Operação Sangria no Estado, visando o governador e servidores da Saúde.
O adiamento foi solicitado pelo relator da denúncia, ministro Francisco Falcão. Ele e outros ministros apontaram que a defesa dos requeridos precisaria de mais tempo para se manifestar. O relator sugeriu, inicialmente, que o novo julgamento fosse marcado para o próximo dia 28 de junho, mas após divergências entre os ministros, a Corte Especial que discutia a pauta foi encerrada sem confirmação da nova data.
O julgamento marcado vai apurar suposta fraude na compra de respiradores em uma loja de vinhos durante a pandemia no Estado. A denúncia indica que o governador do Amazonas teria comandado uma organização criminosa responsável por desviar recursos da Saúde do Estado.
PUBLICIDADE
A denúncia foi apresentada no dia 26 de abril contra o governador, o vice-governador e outras 17 pessoas, entre secretários e empresários, por supostas irregularidades na compra de respiradores durante a pandemia do novo coronavírus.
Operação Sangria
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira a quarta fase da Operação Sangria no Amazonas, com o objetivo de apurar denúncias contra o alto escalão do Governo do Amazonas. Seis empresários e o governador do Estado, Wilson Lima (PSC), estão entre os alvos.
Além do governador, também são alvos da operação o secretário estadual de Saúde, Marcellus Campêlo, o empresário Nilton Costa Lins Júnior, e deputados estaduais. São 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária que devem cumpridos em Manaus (AM) e em Porto Alegre (RS).
Segundo as investigações, há indícios de que funcionários da Secretaria de Estado de Saúde realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do governo do Estado. A polícia investiga ainda a suspeita de fraudes e superfaturamento em contratos para funcionamento do hospital de campanha construído na capital amazonense.
Veja a lista de alvos dos mandados de prisão:
Troca de tiros
Segundo a imprensa local e nacional, Nilton Lins, empresário dono do hospital, cujo contrato é investigado pela PF e um dos alvos de mandado de prisão, recebeu a PF a tiros na manhã desta quarta e se refugiou no Consulado da Suécia, em Manaus, onde estaria abrigado.
Informações também dão conta que um dos alvos de mandado de prisão, o secretário de Saúde, Marcellus Campêlo, estaria foragido. Contra o governador do Estado foi cumprido um mandado de busca e apreensão.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.