‘Trama Canoê’: exposição amazonense sobre cultura indígena e ribeirinha no Rio de Janeiro impulsiona faturamento

A exposição trouxe visibilidade aos artistas e movimentou mais de R$ 33 mil em produções (Divulgação)
Da Revista Cenarium*

RIO DE JANEIRO – A arte dos povos tradicionais amazonenses atraiu atenções e impulsionou o trabalho de artesãos premiados no Estado, por meio da Exposição Trama Canoê. No Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (Crab), no Rio de Janeiro, a exibição recebeu mais de 3.500 visitantes desde o lançamento, em 10 de novembro, até o fim de 2022, e gerou um faturamento superior a R$ 33 mil no período.

Acessível no Crab até março deste ano, a exposição conta com produtos de associações e comunidades dos municípios de Barcelos, São Gabriel da Cachoeira, Benjamin Constant, Maués, Rio Preto da Eva, Novo Airão, Careiro Castanho e da capital Manaus.

“Estamos tendo muita visibilidade e isso tem sido um marco”, celebrou o artesão Joarlison Garrido, da zona rural de Manaus. “Isso tem refletido em mais mercado para a gente. Tanto que, de vez em quando, o telefone toca. Querem encomenda e perguntam se tem material para pronta entrega”, revelou.

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Indígena do povo Tariano, Janete Mara Martins vendeu todas as peças que levou para o Rio de Janeiro e voltou para São Gabriel da Cachoeira com muitas encomendas anotadas na agenda. “Com essas novas peças (para elaborar) eu consegui segurar outras novas artesãs. Muitas pessoas aprenderam (a fazer artesanato) e a gente está multiplicando o nosso conhecimento”, atestou Janete. Ela compõe a Associação Artesãos Indígenas (Assai).

Trama Canoê

A partir da narrativa da canoa e a cultura material, ‘Trama Canoê’ exibe objetos utilizados no dia a dia, como cestos, remos, redes de pesca, vasos, cerâmica utilitária, dentre outros, que podem ser produzidos com matérias-primas da Floresta Amazônica. A exposição traz, também, o conceito da trama, um resgate ancestral de elementos que remetem ao cotidiano indígena.

Gestora do projeto de artesanato do Sebrae Amazonas, Lilian Silva destaca o investimento da instituição no estímulo à autonomia criativa e sustentabilidade. “No Trama Canoê, nós tivemos a participação de 13 finalistas amazonenses do prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato, o que reflete um trabalho de 16 anos. Temos uma responsabilidade, enquanto amazonenses, de sermos expoente da economia verde”, destacou.

A exposição no Crab tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria Executiva do Trabalho e Empreendedorismo (Setemp), Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) e Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SEC). A curadoria é da diretora-presidente da Associação Zagaia Amazônia, Rozana Trilha, com projeto expográfico do designer Sérgio J. Matos e arte do grafiteiro Raiz Campos.

(*) Com informações da assessoria
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