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Ufam corre risco de começar 2023 com falta de verba e avalia greve por cortes no orçamento
Os cortes na Ufam aconteceram nos meses de junho (R$ 7,5 mi) e dezembro (R$ 6,2 mi), que somados chegam a R$ 13,5 milhões (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium)
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16 de dezembro de 2022
Ívina Garcia – Da Revista Cenarium
MANAUS – Na manhã desta sexta-feira, 16, a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua) afirmou em coletiva que a instituição de ensino pode fechar o ano de 2022 sem conseguir pagar contas e bolsas de ensino, pesquisa e extensão.
Os pagamentos estão sendo prejudicados após recentes bloqueios no Ministério da Educação (MEC) pelo governo federal, nos meses de junho (R$ 7,5 mi) e dezembro (R$ 6,2 mi), que somados chegam a R$ 13,5 milhões, cortados do orçamento apenas da Ufam. Em todo Brasil, R$ 344 milhões em recursos foram retidos das universidades federais.
Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a falta de verba impacta itens básicos para a estrutura da instituição e coloca em risco o pagamento das contas de água, energia e na garantia do pagamento para segurança e limpeza.
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Mesmo com a pressão do sindicato e da reitoria, o governo federal liberou apenas R$1,1 milhão no dia 8 de dezembro, destinado, exclusivamente, ao programa de assistência estudantil, para alunos em vulnerabilidade que compõem o Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes).
Por outro lado, mesmo com a liberação, o valor não chega a quantia necessária de R$ 9,2 milhões para custear outras bolsas oferecidas pela instituição, como as de graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão. O déficit é de R$ 8,1 milhões para quitar as contas no fim do ano.
Conforme o presidente da Adua, Jacob Paiva, os profissionais terceirizados serão os primeiros a ser afetados com bloqueio de salários, caso o quadro financeiro não seja revertido até janeiro de 2023.
“Na nossa avaliação, o corpo de segurança terceirizado, o qual é para fazer segurança patrimonial, é insuficiente para garantir um local de seguro em nosso trabalho“, diz o presidente, preocupado com a ausência dos guardas privados, caso os pagamentos não sejam efetuados.
Nesse primeiro momento, Jacob afirma que a instituição avalia se deve ou não paralisar atividades como ocorre em outras instituições pelo Brasil, justamente pela falta de recursos para manter o funcionamento. “Já existe um debate na categoria que se não conseguirmos reverter essa situação, alguns já indicam a necessidade de uma greve nacional das universidades federais para pressionar de forma mais contundente o retorno dos orçamentos das universidades“, explica.
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