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Veja quais medicamentos são contraindicados em caso de suspeita de dengue
Medicamentos nas mãos de uma pessoa (Reprodução)
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07 de fevereiro de 2024
Da Revista Cenarium*
RIO DE JANEIRO (RJ) – A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) alertou, nesta quarta-feira, 7, para os remédios contraindicados em caso de suspeita da dengue. Segundo o Ministério da Saúde, do início deste ano até a última segunda-feira, 5, a doença provocou 36 mortes no País.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da SBI, Alberto Chebabo, citou o ácido acetilsalicílico, ou AAS, conhecido popularmente como aspirina, entre os não recomendáveis, por se tratar de medicação que age sobre plaquetas. “Como já tem uma queda de plaquetas na dengue, a gente não recomenda o uso de AAS”, disse o médico. Corticoides também são contraindicados na fase inicial da dengue.
Segundo Chebabo, como a dengue é uma doença viral, para a qual não existe antiviral, os sintomas são tratados. O tratamento básico inclui analgésico, antitérmico e, eventualmente, medicação para vômito. Os principais sintomas relacionados são febre, vômito, dor de cabeça, dor no corpo e aparecimento de lesões avermelhadas na pele.
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O infectologista advertiu que, se tiver qualquer um dos sintomas, a pessoa não deve se medicar sozinha, e sim ir a um posto médico para ser examinada. “A recomendação é procurar o médico logo no início, para ser avaliada, fazer exames clínicos, hemograma, para ver, inclusive, a gravidade [do quadro] e receber orientação sobre os sinais de alarme para que a pessoa possa voltar caso tais sinais apareçam na evolução da doença”.
Os casos devem ser encaminhados às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e às clínicas de família.
Sintomas graves
Entre os sinais de alarme, Chebabo destacou vômito incoercível, que não para, não melhora e prejudica a hidratação; dor abdominal de forte intensidade; tonteira; desidratação; cansaço; sonolência e alteração de comportamento, além de sinais de sangramento. “Qualquer sangramento ativo também deve levar à busca de atendimento médico”, alertou. No entanto, a maior preocupação dever ser com a hidratação e com sinais e sintomas de que a pessoa está evoluindo para uma forma grave da doença.
Quanto ao C arnaval, o infectologista disse que os festejos não agravam o problema da dengue, porque não se muda a forma de transmissão, que é o mosquito Aedes aegypti. “Talvez impacte mais a Covid-19do que a dengue, mas é mais uma questão, porque, no Carnaval, há doenças associadas que acabam aumentando a demanda dos serviços de saúde. Esta é uma preocupação”.
Entre os problemas relacionados ao Carnaval, Chebabo destacou traumas, doenças respiratórias e desidratação que podem sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde.
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