Ainda perdida na resposta sobre compra de imóveis, campanha de Bolsonaro pede dinheiro e eleva tom contra Lula

Campanha de Bolsonaro eleva tom contra Lula (Arte: Mateus Moura)

Os ataques ao presidente Jair Bolsonaro após reportagem sobre a compra imóveis da família em dinheiro vivo atingiram em cheio a campanha bolsonarista que, até agora, não conseguiu sair das cordas e responder à altura aos ataques de Lula e da oposição. A equipe de Bolsonaro diz ter preparado uma estratégia de reação, mas não quer antecipar o teor nem quando ela será colocada em prática. O fato é que o governo está perdendo tempo, mesmo que auxiliares digam que há má fé da imprensa e da oposição na divulgação do tema.

Ataques na TV e rádio

Assessores querem que o presidente deixe que o marketing pense numa resposta, e não ele pessoalmente, para não errar a mão, como foi na entrevista à Jovem Pan. A campanha é unânime em dizer que algo precisa ser feito, e logo, porque considera que Bolsonaro está perdendo a batalha da narrativa, sendo comparado a Lula em relação à corrupção. No entanto, uma tática já garantida é a elevação do tom dos programas eleitorais de rádio e TV. A ideia é bater firme em Lula, lembrando da prisão do ex-presidente e da corrupção no governo do PT. Nesta estratégia, Bolsonaro também atacará Lula diretamente, mas sem deixar de falar dos feitos de seu governo.

PL pede doações

A 26 dias do primeiro turno das eleições e com os recursos do fundo eleitoral praticamente zerados, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, gravou um vídeo apelando aos apoiadores e simpatizantes para que façam doações para os candidatos da legenda. Valdemar, o ex-presidiário, disse que o PL recebeu R$ 268 milhões do fundo eleitoral, reconhece que “é muito dinheiro, mas vai faltar recurso para as campanhas dos candidatos do partido.” Costa Neto explicou que o problema não é a campanha presidencial. De acordo com ele, Bolsonaro só tem R$ 10 milhões para suas despesas, como pagamento de aviões, entre outras.

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PT e o 1º Turno

A campanha Lula-Alckmin já definiu a tática da ofensiva que será desencadeada nos próximos 26 dias para tentar vencer a eleição no primeiro turno. O primeiro ponto é concentrar as agendas na região Sudeste, onde está a maior fatia do eleitorado. Lula vai ao Sul na semana que vem e depois só deve viajar por São Paulo, Minas e Rio. O segundo ponto é aumentar a distribuição de material impresso, como santinhos, bandeiras e adesivos para tornar visível a campanha nas ruas.

Voto útil

O terceiro ponto da campanha Lula-Alckmin é iniciar um processo de mobilização crescente da militância, que começa já neste sábado, dia 10, e vai até a eleição. O quarto ponto é alinhar as campanhas estaduais e proporcionais em quatro Estados onde Lula e Alckmin estão fora do material dos candidatos locais: Pará, Acre, Rondônia e Espírito Santo. Além disso, a campanha tomou duas decisões estratégicas: aumentar os ataques a Bolsonaro por casos de corrupção, já iniciada ontem, e fazer um grande apelo nacional pelo voto útil ao eleitorado de Ciro Gomes.

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