Amazonas chega à COP26 com bons argumentos e presença ativa nos debates internacionais de Meio Ambiente

Eduardo Taveira (ao centro de máscara preta) posa com líderes internacionais na busca por financiamentos para Amazônia. (Divulgação)

Arnoldo Santos – Da Revista Cenarium

MANAUS – Antes de chegar a Glasgow, sede da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), parte da delegação do Amazonas foi à Alemanha como integrante da Força-Tarefa de Governadores para o Clima e a Floresta (GCF). Representando o governador Wilson Lima, o secretário de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, compartilhou desafios e oportunidades enfrentados pelos Estados para o desenvolvimento de baixas emissões e conheceu perspectivas de financiamento. A presença amazonense nesses eventos internacionais mostra o protagonismo consolidado do Estado no cenário internacional.

“Entre outros objetivos, as agendas fazem parte também da mobilização da Força-Tarefa na construção do Plano de Ações Manaus, que definirá a agenda do desenvolvimento sustentável para os próximos anos em 33 Estados, de países dos cinco continentes, que têm os mesmos desafios que o Amazonas. Que são superar a pobreza, crescer economicamente e conservando os recursos naturais na mesma velocidade”, afirmou Eduardo Taveira no seu perfil pessoal de uma rede social.

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Parceiros potenciais, como o Banco Alemão de Desenvolvimento, KFW Bankengruppe, ouviram dos visitantes experiências vividas em seus respectivos países. Em suma, todos querem obter dinheiro em troca da diminuição da emissão de gases do efeito estufa, a maior preocupação do mundo, em termos de meio ambiente, nos últimos 50 anos. A equipe também foi a campo conhecer o trabalho de Serviço de Gestão de Florestas da Alemanha. “É impressionante o comprometimento entre as gerações de alemães para recuperar florestas. Vale destacar que parte desse avanço tem se dado pela concessão e gestão de florestas e, em especial, pelo planejamento de longo prazo que define o uso de praticamente todo território”, disse o secretário da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema).

O Amazonas tem um ótimo argumento: a porcentagem de floresta que se mantém em pé. Atualmente, o maior Estado da Federação, com 1,5 milhão de quilômetros quadrados, tem 98% de seu território preservados. “Esse resultado só foi possível graças ao esforço do Governo do Amazonas, por meio da Sema o nosso sistema Estadual de REDD, possibilitando novos caminhos para financiamento de uma economia com base na floresta em pé”, avalia Taveria.

O secretário de Meio Ambiente, Eduardo Taveira. (Divulgação/ Sema)

O REDD é um mecanismo de compensação financeira, dado a países em desenvolvimento como forma de premiar as ações de mitigação das emissões de gases de efeito estufa. A prática, criada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UMFCCC), inclui também a compensação pela conservação de estoques de carbono florestal, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal.

Nesta quinta-feira, 4, o Amazonas entra para valer na programação da COP26, já de maneira presencial. As notícias sobre o evento podem ser obtidas no site da CENARIUM e nas redes sociais.

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