Amazonas tem recuo de 2,6% na produção industrial em julho deste ano

Entre janeiro e junho, as fábricas registraram US$ 265.99 milhões em vendas externas, o que equivale a um crescimento de 25,72% na comparação com igual período do ano passado. (Ricardo Oliveira/CENARIUM)
Karol Rocha – Da Revista Cenarium

MANAUS – A produção industrial do Amazonas teve um recuo de 2,6% em julho deste ano. Esta é a quinta maior queda entre os 15 Estados analisados na Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira, 9.

A produção nacional avançou 0,6% em julho. Dos 15 Estados pesquisados, apenas quatro tiveram destaques positivos, como Pará (4,7%), Mato Grosso (3,7%), Santa Catarina (1,9%) e Rio de Janeiro (0,7%), que completaram o conjunto de locais com avanço na produção no mês de julho.

Já o Espírito Santo (-7,8%), Bahia (-7,3%) e Região Nordeste (-6,0%) apontaram as maiores quedas. Estados como Ceará (-4,1%), Amazonas (-2,6%), Pernambuco (-1,9%), Paraná (-1,4%), Rio Grande do Sul (-0,7%), São Paulo (-0,6%) e Goiás (-0,4%) assinalaram os demais resultados negativos. O analista da PIM Regional, Bernardo Almeida, explicou que permanecem os efeitos negativos observados em divulgações anteriores.

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“Por parte da oferta, abastecimento de insumos e encarecimento das matérias-primas, e pelo lado da demanda, inflação alta e juros elevados, causa o encarecimento do crédito. Tudo isso impacta, diretamente, no consumo das famílias e na cadeia produtiva”, disse ele.

Crescimento em relação ao ano de 2021

Apesar dos números mensais refletirem de forma negativa, o Amazonas registrou alta de 7,7% na produção industrial, em comparação com julho do ano passado.

“A comparação da produção industrial com o mês anterior caiu pelo segundo mês seguido no Amazonas. Mas na comparação com o mês do ano passado, houve crescimento expressivo em julho”, analisou o coordenador de Disseminação de Informações do IBGE no Amazonas, Adjalma Nogueira, que atribui o crescimento na produção de produtos como bebidas, derivados de petróleos e aparelhos elétricos.

Para se ter ideia, a alta de 7,7% na produção da indústria geral do Amazonas, em julho, frente ao
mesmo mês do ano anterior, colocou o Estado na segunda posição entre as demais unidades da federação pesquisadas. As maiores quedas foram as do Espírito Santo (-10,6%), Ceará (-3,9%) e Pernambuco (-2,6%); e as maiores altas, as do Mato Grosso (25,6%), Amazonas (7,7%) e Pará (4,8%).

As atividades da indústria local, com resultado positivo em julho, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, foram as de fabricação de bebidas (45,7%); seguida pela fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (19,5%); outros equipamentos de transportes (7,6%);
fabricação de máquinas e equipamentos e materiais elétricos (4,5%) e fabricação de produtos de borracha (0,3%).

Já atividades com resultado negativo em julho deste ano, no Amazonas, foram as de impressão e reprodução de gravações (-95,9%); a de fabricação de máquinas e equipamento (-49,5%) e a fabricação de equipamentos de informática e eletrônicos (-15,6%).

Sobre a pesquisa

A PIM Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também, para o Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste.

Os resultados da pesquisa também podem ser consultados no Sidra, o banco de dados do IBGE.

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