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Artistas da Amazônia expõem obras na Avenida Paulista em São Paulo
À esquerda, a obra de Moara Tupinambá, e à direita, o trabalho de Moara Negreiros (Reprodução/Divulgação)
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04 de maio de 2023
Mencius Melo – Revista Cenarium
MANAUS – As artistas plásticas Moara Tupinambá e Moara Negreiros são as duas representantes da Amazônia na 9ª Exposição na Paulista, com o tema “Democracia, Paz e Trabalho”. O evento terá início em 7 de maio e contará com 30 painéis distribuídos ao longo da via, e cada artista terá cinco obras expostas.
A mostra reuniu para 2023 seis artistas nacionais, entre as quais Moara Tupinambá do Pará e Moara Negreiros que nasceu no Acre mas, é radicada no Amapá. Além delas, Catharina Suleiman, Erica Mizutani (Mizú), Soberana Ziza e Talita Hoffmann completam a iniciativa da União Geral dos Trabalhadores (UGT). A curadoria é de Baixo Ribeiro e a produção é assinada pela Maná Produções.
Em entrevista à CENARIUM, a artista paraense que, atualmente, mora em Campinas, fez uma avaliação da produção cultural indígena. “Conseguimos construir uma rede mais forte. Desde a pandemia, tenho articulado, on-line, com parentes de todos os cantos do Brasil. Devido aos ataques, a gente conseguiu se fortalecer enquanto mobilização indígena, tanto no campo da luta contra os retrocessos, quanto nas coletividades que formamos para nos apoiarmos profissionalmente, principalmente, nas artes”, avaliou.
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Sobre a participação na exposição, ela destaca suas origens, famílias e visões cosmológicas de seu povo. “Nessa série, em especial, trouxe algumas mulheres que fizeram parte e ainda fazem parte da minha vida. A minha avó, matriarca da minha família paterna, que me inspira até hoje, mesmo já não estando mais neste plano. Vovó, que era uma mulher humilde, simples, fez parte de tudo o que sou hoje. Esse meu lado materno e de cuidar do próximo eu puxei muito pra ela, pois ela era benzedeira na Comunidade de Cucurunã”, detalhou.
Outras mulheres
Com o olhar feminino, Moara apresentou outras referências. “Trouxe a Lucilene, minha prima, que eu admiro muito. Hoje, é uma referência de liderança em Santarém, na área da agricultura familiar. Também é a primeira vez que faço um retrato de minha mãe, minha grande amiga que está me apoiando em tudo. Além delas, tem minha prima Cris, que é bióloga, minha referência, e a Deusa, outra mulher muito forte que faz parte da minha família materna”, apontou.
Para o diretor-geral da Maná Produções, André Guimarães, o evento tem um potencial de disseminação e abrangência por atingir um grande número de pessoas. “A exposição será vista por cinco milhões de pessoas diferentes e é uma poderosa ferramenta de visibilidade de seus patrocinadores e de parceria com a comunidade”, informou. Questionado sobre o título “Democracia, Paz e Trabalho” e como o tema se relaciona com a produção escolhida para a edição 2023, ele respondeu: “O trabalho inspira a arte”, finalizou.
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