Aty Guasu denuncia contínuos ataques a indígenas por policiais militares, fazendeiros e jagunços em MS

Povos Guarani e Kaiowá aguardam em frente ao Senado Federal, em Brasília, audiência sobre aumento de violência contra os indígenas do País (Marina Oliveira/Cimi)
Com informações da assessoria

MATO GROSSO DO SUL – Como uma forma de alertar sobre os constantes ataques sofridos pelos Guarani e Kaiowá do território Kurupi, em Naviraí, no Estado de Mato Grosso do Sul, a Aty Guasu – Grande Assembleia Guarani Kaiowá publicou uma nota no dia 1° de julho de 2022.

Em documento, lideranças da Aty Guasu afirmam que “desde quinta-feira, dia 30 de junho de 2022, o Tekoha Kurupi está sob forte pressão de pistoleiros misturados com policiais militares e jagunços rurais. Além de vários carros e caminhonetes estarem circulando pela região, cercando todo o perímetro do território Tekoha Kurupi e intimidando com tiros expelidos por armas de fogo e gritos agressivos sem compreensão”.

Logo após o brutal assassinato de Alex Recarte Vasques Lopes, jovem de 18 anos que saiu para buscar lenha nas redondezas da Terra Indígena (TI) Taquaperi e não retornou mais, os Guarani Kaiowá intensificaram uma onda de retomadas em Mato Grosso do Sul – Estado tomado pelas espinhosas cercas do agronegócio. A morte de Alex foi no dia 21 de maio deste ano e, mesmo após um mês, a resistência dos Guarani e Kaiowá pulsa sobre as terras ancestrais desses povos.

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Além disso, outra forte situação que motivou os Guarani e Kaiowá a se movimentarem para reconquistar os seus territórios foi a retirada de pauta do julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 1.017.365 que seria retomado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 23 de junho deste ano.

Com a retomada do território, os indígenas voltaram a sofrer diversas ameaças e ataques. Na semana passada, homens armados invadiram o território para intimidar os Guarani e Kaiowá com disparos de arma de fogo de borracha. Testemunhas contaram também que aviões sobrevoaram o território na última quinta-feira, 30, dando rasantes e lançando fogos de artifício contra os indígenas.

Leia a nota na íntegra:

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