‘Balaio de Oxum’: em Manaus, celebração dedicada ao orixá do amor e fertilidade acontecerá em dezembro

A próxima edição do "Balaio de Oxum" vai acontecer no próximo dia 8 de dezembro (Arquivo Pessoal)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – Com a intenção de cultuar a divindade ancestral feminina que traz a simbologia das águas doces, domínio dos rios e cachoeiras, do ouro e fertilidade, a próxima edição do “Balaio de Oxum” vai acontecer no próximo dia 8 de dezembro – quinta-feira -, com concentração às 6h, na Casa d’Oxum, localizada na Rua 12, bairro Planalto, zona Centro-Oeste de Manaus.

O balaio é um adorno que será preenchido com os elementos característicos do orixá, como Omolucum e o Ipeté, que são comidas preparadas à base de feijão-fradinho e inhame, rosas e flores, espelhinhos, manjá, doces, frutas finas, perfumes e ervas. Alguns celebrantes adicionam brinquedos e espumantes.

Balaio é um adorno que será preenchido com os elementos característicos do orixá (Arquivo Pessoal)

Durante a concentração da cerimônia, os celebrantes vão preparar os presentes. Depois, está programada a saída do local em cortejo até a balsa amarela, na Manaus Moderna, bairro Centro, zona Sul da capital, de onde vão se dirigir até uma praia no município de Iranduba, local em que os ritos de entrega serão realizados. O próximo passo do roteiro é o retorno a Manaus, também em uma embarcação, seguido de almoço na Casa d’Oxum.

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Grupos culturais como Maracatu Nação Geap, Maracatu Pedra Encantada, Malungu Dudu e Cocada Baré participarão da cerimônia.

Evento vai acontecer no dia 8 de dezembro, em Manaus (AM). (Divulgação)

Culto aos orixás

As religiões de matrizes africanas, como a Umbanda e o Candomblé, trazem representações ancestrais antigas. São relações sagradas que se manifestam a partir das forças e elementos da natureza e valores humanos, como a justiça e o amor, por exemplo. Cada divindade possui um sentido, simbologia e características próprias.

Na tradição Iorubá, cultuada nas diversas casas de Candomblé, os orixás são estes ancestrais africanos, constituindo assim diversas práticas ritualísticas para cultuá-los.

Otto Franco de Oxum, organizador do balaio (Arquivo Pessoal)

A integrante do conselho religioso da Casa de Oxumaré e mãe de santo há quase 60 anos, Mãe Walquíria d’Oxum, explica que o orixá, por ser associado à água doce, é a senhora das águas da vida, já que a substância é essencial para a perpetuação dos seres vivos no planeta.

“Ela é dona da fertilidade, protetora do amor, inventora do Candomblé, é menina dos olhos de Oxalá [orixá que está acima dos demais na hierarquia divina]. Oxum é a rainha das águas doces, sem ela ninguém vive”, conta a mãe de santo.

Como participar

O contato para quem tiver interesse em participar da celebração e adquirir o balaio é (92) 99153-5579. Com a aquisição do presente, o participante terá direito a um kit com uma camisa personalizada, uma caneca, um perfume atrativo e uma pulseira de acesso à embarcação. Ainda é possível participar do almoço e obter uma camisa, cada um valor de R$ 60.

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