Bolsonaro retoma discurso golpista, mas confessa medo de prisão

As últimas bravatas presidenciais foram em Orlando, quando deixou escapar um medo que o assombra: a cadeia (Reprodução)


Após constatar que seus números, nas últimas pesquisas de opinião, não lhe são favoráveis, o presidente Jair Bolsonaro (PL) retomou com força o discurso golpista. As últimas bravatas presidenciais foram em Orlando, quando deixou escapar um medo que o assombra: a cadeia, tal qual aconteceu com a ex-presidente da Bolívia, Jeanine Añez. Añez, enquanto esteve à frente do golpe militar que depôs o ex-presidente Evo Morales e por essa razão foi condenada à prisão. “A turma dela perdeu, voltou a turma de Evo Morales. O que aconteceu um ano atrás? Ela foi presa preventivamente. E, agora, foram confirmados 10 anos de cadeia para ela. Qual a acusação? Atos antidemocráticos”, diz Bolsonaro.

Extrema-esquerda no radar do STF

Além de lançar a habitual cortina de fumaça para desviar as atenções do noticiário da vida real – que, recentemente, apontou mais de 33 milhões de brasileiros passando fome, a fala de Bolsonaro buscou fustigar o ministro Alexandre de Moraes (STF), que chefia o inquérito das fake news. Para afastar a pecha de que só foca as investigações nas milícias digitais bolsonaristas, o ministro do Supremo Tribunal Federal também incluiu, no inquérito, o Partido da Causa Operária (PCO), de viés de extrema-esquerda, depois que a sigla fez uma série de ataques à Corte, em suas redes sociais, pregando a dissolução do STF.

PT destaca fome

Por falar em fome no Brasil, o PT (Partido dos Trabalhadores) explorou o tema em sua estreia na propaganda eleitoral nas emissoras de rádio e TV. Com um minuto de duração, o vídeo mostra a indiferença de Jair Bolsonaro (PL) ante ao problema e afirma que um presidente é como um pai ou uma mãe da população de seu País. “Um pai ou mãe, de verdade, cuida dos seus filhos. Dá amor, proteção. E um presidente é como um pai ou uma mãe do seu povo. Nenhum pai ou mãe veria seus filhos com fome, morando na rua e ficaria de braços cruzados…”, diz trecho do vídeo.

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Tebet acena a Ciro

Outra personagem da corrida presidencial, que vai mal nas pesquisas, é a pré-candidata do MDB a Presidência, Simone Tebet, a que melhor veste o figurino da 3ª via. Talvez o fraco desempenho medido até agora tenha motivado Tebet a acenar a Ciro Gomes. “Da minha parte, sem dúvida, estou aberta para conversar com Ciro. Nós dois sempre nos falamos por zap. […] Hoje, o centro democrático tem candidatura própria. Respeito Ciro, que não abre mão da candidatura. Mas, política é diálogo”, afirmou em entrevista ao Estadão. Sobre seu provável vice – senador Tasso Jereissati (PSDB), afirmou ter uma história com Jereissati, que foi amigo de seu pai, o falecido ex-senador Ramez Tebet.

Pesca ilegal

Com os olhos da opinião voltados ao Vale do Javari, por conta do desaparecimento do indigenista Breno Pereira e do jornalista Dom Phillips, emergem as redes criminosas da região. Dados do Ibama, divulgados pela Agência Pública, mostram que a captura e o comércio ilegal de peixe são rotina na área. Já houve 277 autuações por pesca, transporte ou venda de pirarucu, surubim e piracatinga, entre outras espécies. A maioria ocorreu nos cinco municípios do Vale do Javari, entre 1998 a 2022, com destaque para Tabatinga. Há informações de que Pereira teria denunciado ao MPF e à PF uma organização criminosa ligada à pesca ilegal no Vale do Javari.

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