Da Revista Cenarium
BRASÍLIA – Dando seguimento aos pacotes de bondades que vêm assinando semana a semana, o presidente Jair Bolsonaro vai apresentar uma nova medida com objetivo de atender trabalhadores de aplicativos, transporte individual e entregadores. A ideia é dar “salvaguarda” a este segmento, permitindo a inclusão previdenciária da categoria por meio de Medida Provisória. Bolsonaro, que já ampliou o Auxílio Brasil e viu os reflexos positivos desse tipo de medida, nas últimas pesquisas, quer continuar mirando nos trabalhadores que não têm carteira assinada ou não tem amparo previdenciário.
Para o Amazonas, nada
Já ao Amazonas, o governo ‘dá com uma mão, mas tira com a outra’. Mais de uma semana, após firmar acordo com o governador Wilson Lima, para a publicação de um novo decreto de redução do IPI, ressalvando os produtos da Zona Franca de Manaus, nada do novo decreto.
O que se ouve pelos corredores do Ministério da Economia é o inverso: que os planos do ministro Paulo Guedes são baixar ainda mais o IPI reduzindo o imposto em 33%. O anúncio foi feito em evento de empresários da incorporação imobiliária. O tributo já tinha sido reduzido em 25% e sua arrecadação é partilhada com Estados e municípios.
Pautas travadas
Coordenador do Comitê de Secretários de Fazenda, Décio Padilha, afirma que o decreto imporá aos Estados uma perda de receita anual de R$ 6 bilhões, e municípios, aproximadamente, R$ 5 bilhões. A bancada amazonense, por meio do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PSD-AM) e dos senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Eduardo Braga (MDB-AM), ameaça que, sem o acordo, vão travar as pautas de interesse do governo.
Na última sessão do Congresso, presidida por Ramos, ele tirou da pauta um pedido de crédito suplementar. O cenário segue nebuloso com a redução de 10% do imposto de importação para bens de informática produzidos na ZFM.
Falta diesel no Pará
Enquanto os políticos pressionam a Petrobras por reduções nos preços, o setor de combustíveis demonstra preocupação com a possibilidade de desabastecimento de diesel por conta da defasagem em relação aos preços internacionais. Mesmo com o reajuste recente, a estatal ainda tem preços aquém dos praticados fora do País.
O problema está nas distribuidoras regionais que anunciaram que a situação é “gravíssima” e que já falta combustível em alguns Estados, como o Pará. Com preços muito defasados, as distribuidoras não conseguem importar combustíveis por não ser economicamente viável a competição com a Petrobras.
Lula define coordenação de campanha
Lula finalmente definiu a coordenação executiva da campanha presidencial, uma espécie de núcleo duro. Gleisi Hoffrmann vai para a coordenação-geral, cargo tradicionalmente ocupado pelo presidente do partido, Aloisio Mercadante fica no programa de governo, Franklin Martins coordenará a comunicação, Luiz Dulci será o responsável pela agenda e Marcio Macedo será o tesoureiro.
Com 46 votos, o PT aprovou o texto que defende uma política de alianças ampla para além dos partidos de esquerda e que inclua todos os setores democráticos. “Conclamamos a unidade dos setores democráticos num movimento político e social que derrote Bolsonaro e o bolsonarismo”, diz o texto aprovado.
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