Buraco na camada de ozônio ultrapassa tamanho da Antártica

Buraco localizado sobre o Polo Sul está maior que o tamanho do continente Antártica. (ESA/COPERNICUS SENTINEL)

Com informações do Infoglobo

RIO DE JANEIRO – O Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (Cams) anunciou, nesta quinta-feira, 16, que o buraco na camada de ozônio no Hemisfério Sul ultrapassou o tamanho da Antártica, continente com cerca de 14 milhões de quilômetros quadrados.

“Depois de um início bastante normal, o buraco de ozônio em 2021 cresceu consideravelmente nas últimas duas semanas, e agora é maior do que 75% dos buracos de ozônio nesta época desde 1979”, anunciaram os cientistas responsáveis por acompanhar o desenvolvimento do buraco da camada de ozônio sobre o Polo Sul.

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Eles destacaram ainda que, no ano passado, o buraco já havia crescido de forma fora do normal, e se tornado um dos maiores já registrados pela organização. Os pesquisadores acrescentam que o dano na camada observado neste ano pode continuar a crescer nas próximas semanas:

“(O buraco) parece muito semelhante ao do ano passado, que também não era realmente excepcional até o início de setembro, mas depois se tornou um dos maiores e mais duradouros buracos na camada de ozônio em nosso registro de dados nesta época do ano. Agora, nossas previsões mostram que o buraco deste ano evoluiu para um um pouco maior do que o normal. O vórtice é bastante estável e as temperaturas estratosféricas estão ainda mais baixas do que no ano passado, por isso pode continuar a crescer ligeiramente nas próximas duas ou três semanas.

O anúncio foi feito na data em que é celebrado o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio. Desde que o buraco sobre a Antártica foi descoberto, em 1985, ele tem sido monitorado pelo Cams, que também acompanha a radiação ultravioleta que atravessa a camada de ozônio para atingir a superfície da Terra.

De acordo com o serviço, a cada ano, à medida que o Hemisfério Sul entra na primavera, produtos químicos produzidos pelo homem liberados na atmosfera quebram o ozônio sobre a Antártica e deixam a camada muito mais fina.

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