Via Brasília – Da Revista Cenarium
Rio no caminho
No mapa eleitoral traçado por Lula, além de buscar resolver o imbróglio da candidatura ao Governo de São Paulo, um dos caminhos seria uma aliança com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). Em viagem à capital carioca, neste domingo e segunda-feira, Lula se encontrará com Paes para tratar de eleições estaduais. Segundo fontes do PT, o caminho provável é que o ex-presidente tenha dois palanques no Estado, os de Marcelo Freixo (PSB) e do candidato de Paes (PSD). Lula estará com lideranças do PT do Rio, além de Alessandro Molon (PSB). O encontro com Paes é mais um gesto de Lula em direção ao PSD de Kassab.
Servidores sem reajuste
O presidente Bolsonaro “já se convenceu” de que não há espaço para a concessão de reajuste para o funcionalismo público. É o que diz o presidente em exercício, general Hamilton Mourão, para quem o governo deve deixar claro que o momento não é para reajustes. “Dinheiro não dá em árvore”, argumentou Mourão, acrescentando que a população em geral teve redução salarial para não perder o emprego e para conceder reajuste o Brasil teria de entrar num ciclo de crescimento sustentável, o que parece improvável. Resumo: Bolsonaro terá muitas dificuldades para cumprir suas promessas eleitoreiras.
Doria só cresce nas redes
A campanha do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tenta reagir à estagnação nas pesquisas de intenção de voto. Nesta semana, a hashtag #Doriapresidente chegou ao Trend Topics do Twitter, com mensagens que enaltecem sua atuação na pandemia, a gestão do governo paulista e imagens suas com Fernando Henrique Cardoso entre outros tucanos. O PSDB criou uma série de cards com ações de governo e o próprio pré-candidato jogou confetes para si mesmo, destacando o crescimento econômico do Estado.
Estagnação de Ciro, Moro e Tebet
Também candidatos fora do arco da polarização Lula/Bolsonaro, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) e Simone Tebet (MDB) amargam estagnação nas pesquisas, por vezes com pequenas variações positivas ou negativas, mas dentro da margem de erro. Por falar em Moro e Tebet, os dois têm almoço-debate no Lide (Grupo de Líderes Empresariais) nessa sexta-feira,18. Doria, por ser fundador do grupo e dono da empresa que organiza o movimento, não participará, adiantou sua assessoria.
Tasso como reforço
Outro tucano prestes a pular fora da candidatura de Doria é o senador licenciado Tasso Jereissati (PSDB-CE). Além de participar da live semanal de Ciro Gomes, o ex-presidente do PSDB e tucano histórico não mencionou o nome do candidato do seu partido, João Doria, e cobriu de elogios o pedetista. Tasso é um dos que apoiaram o governador gaúcho, Eduardo Leite, contra Doria. Após o resultado das prévias do PSDB, o senador chegou a questionar a viabilidade do governador de SP na corrida presidencial. Doria, hoje, patina no quinto lugar nas pesquisas.
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