Caindo nas pesquisas, Bolsonaro apela pelo voto do jovem nas redes

(Divulgação)

Com a vantagem do ex-presidente Lula nas pesquisas mais recentes, sobretudo em relação ao público jovem, o presidente Jair Bolsonaro começou a fazer uma inflexão em suas redes para tentar atrair esse segmento. Tem compartilhado posts de influencers de direita, como Cíntia Chagas, que o entrevistou no Programa Pânico. Pegou carona na morte de Jesse Koz e seu cão, Shurastey, para compartilhar outro post em que o viajante, morto em acidente de carro com o cachorro, aparece em cima de um Fusca na Time Square enrolado em uma bandeira brasileira. E postou no Twitter que estava “abrindo mão da disputa do cinturão dos pesos médios do UFC”, post que teve 132k de curtidas.

Lula unifica comunicação

Ainda longe de alcançar Bolsonaro nas redes sociais, Lula, no entanto, tem a comemorar os bons resultados depois da crise que levou ao afastamento do jornalista Franklin Martins. Conforme levantamento da Novelo Data, o canal de Lula no YouTube foi o que mais cresceu. É a primeira vez que um site não alinhado a Bolsonaro ocupa a primeira posição. A nova gestão da comunicação de Lula, sob o comando de Rui Falcão e Edinho Silva, não fez grandes mudanças na equipe, mas colocou na mesma mesa os diversos setores da comunicação que não conversavam entre si. Outra melhora foi o casamento de Lula e Janja, que furou a bolha da esquerda de forma positiva.

Palanque único

Lula, Alckmin e Márcio França estiveram juntos nesta quinta-feira, 26. A reunião, no entanto, não foi a que estava prevista para discutir a possibilidade de um palanque único de esquerda em São Paulo, maior colégio eleitoral do País. Os três foram no mesmo helicóptero para Campinas, no velório de Jacó Bittar. O ex-prefeito foi fundador do PT, compadre de Lula e era filiado ao PSB desde os anos 1990. No voo, os três tiveram uma conversa superficial. Uma nova reunião será marcada para os próximos dias.

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Bondades proibidas

A concessão de benefícios a caminhoneiros, motoristas de aplicativo, taxistas e demais vítimas dos preços de combustíveis esbarra em proibições típicas de anos eleitorais e, claro, nas limitações orçamentárias. Se o governo decidir adotá-los, vai enfrentar decisões judiciais contrárias. A lei é clara: “no ano em que se realizar eleição, fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da administração pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais já em execução no exercício anterior.”

Reajuste geral de 5%

Além das desonerações de impostos, que prejudicam a Zona Franca de Manaus, outras “bondades” estão sendo preparadas pelos técnicos do governo, como o reajuste geral de 5% para os servidores dos três Poderes. A reestruturação das carreiras da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional estão no radar. No caso da Polícia Federal, o mais provável é o adiamento das medidas de reorganização da carreira para 2023. O ministro Paulo Guedes disse que o reajuste linear de 5% é a medida possível neste momento.

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