Caso Débora: exame de DNA confirma que bebê foi enterrado e desmente versão de acusado

Débora Alves da Silva foi encontrada morta no início de agosto deste ano (Reprodução/Redes Sociais)
Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium Amazônia

MANAUS (AM) – A família de Débora Alves, 18, encontrada morta em agosto deste ano, em uma área de mata na Zona Leste de Manaus, afirmou nesta quinta-feira, 14, que a ossada humana achada no local do crime, após 40 dias, pertence ao bebê de oito meses gestado pela vítima. A informação foi confirmada pelo Instituto Médico Legal (IML) aos familiares.

O novo capítulo no caso desmente a versão dada pelo acusado, Gil Romero Machado Batista, 41. Em depoimento a policiais da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), ele alegou que, após cortar e subtrair o bebê do ventre de Débora, o colocou em um saco de estopa (tipo de tecido) e se livrou do corpo jogando-o em um rio. A família não acreditou na versão e continuou as buscas.

Na noite desta quinta-feira, a mãe da vítima, Paula Cristina, esteve na sede do IML e disse que aguarda os trâmites de liberação dos restos mortais do bebê para realização do sepultamento. O laudo pericial, que consta o exame de DNA, deve ser liberado à família na sexta-feira, 15.

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Sede do IML em Manaus (Divulgação)

“O serviço social entrou em contato comigo, hoje, para confirmar o exame de DNA, que a ossada era do meu neto Arthur. Amanhã, o laudo vai ser liberado, quando a perita chegar e assinar a comprovação. Vamos poder dar um enterro digno para ele, junto a minha filha Débora”, relatou à imprensa.

Trabalho pericial

Peritos do laboratório de genética forense, do Instituto de Criminalística Lorena dos Santos Baptista (ICB-LSB), identificaram que os ossos encaminhados para o IML, no último dia 3 de novembro, eram de Arthur Vinicius, bebê de Débora Alves. A identificação foi realizada por meio do exame de DNA.

O perito criminal Delson Tavares explicou que o procedimento durou, em média, 40 dias, e deu detalhes de como foram feitos os procedimentos de perícia técnica para identificação dos ossos encontrados pela família da vítima.

“No laboratório, esse material passou por diversas análises, até a obtenção do perfil genético dessa criança, e quando confrontado o perfil genético com o perfil da Débora, foi estabelecido um vínculo de maternidade”, explicou o perito.

Relembre o caso

Débora Alves desapareceu ao sair de casa para encontrar Gil Romero na madrugada do dia 29 de julho deste ano. Ambos tinham um relacionamento extraconjugal e iam ter uma conversa a respeito da paternidade da criança. O corpo da jovem só foi encontrado no dia 3 de agosto, em uma área de mata no bairro Mauazinho, Zona Leste de Manaus.

No dia 8 de novembro, o suspeito foi capturado pelas polícias civis do Amazonas e do Pará, no município de Curuá, no oeste paraense. Ele chegou a Manaus no dia seguinte, onde prestou depoimento e, posteriormente, foi preso.

Leia mais: Caso Débora: esposa de Gil Romero nega que sabia do caso extraconjugal e gravidez
Editado por Jefferson Ramos
Revisado por Adriana Gonzaga
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