Chefão do Centrão e da campanha de Bolsonaro, presidente do PL é sócio de madeireira endividada no AM

Costa Neto já foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do mensalão e preso em 2013 (Thiago Alencar/CENARIUM)

Presidente nacional do PL, sigla do presidente Jair Bolsonaro, o ex-deputado Valdemar Costa Neto é sócio de uma madeireira, no Amazonas, que acumula dívida ativa de R$ 5,4 milhões com a União, boa parte relativa a tributos federais não pagos. Caso não haja medidas efetivas de cobrança, a empresa Agropecuária Patuá, declarada inapta pela Receita Federal por não fazer declarações há pelo menos dois anos, pode ser beneficiada com a prescrição e consequente arquivamento dos débitos. Costa Neto já foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do mensalão, e preso em 2013.

Rolo tributário e ambiental

Empresa que tem participação societária na madeireira de Costa Neto, a Reflorestadora Holanda, cujo sócio majoritário é Francisco Jonivaldo Mota Campos, também está enrolada em malfeitos ambientais e tributários. Mota Campos responde a uma ação civil pública do Ministério Público Federal sob acusação de dano ambiental pelo suposto desmatamento de uma área de 23,6 hectares de floresta nativa da Amazônia. Questionada pela Folha sobre as providências em curso para cobrar as dívidas da Patuá e da Reflorestadora, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional diz que não comenta “dívidas da Dívida Ativa da União”.

Bots a toda

Uma ferramenta chamada Pegabot – algoritmo, desenvolvido pelo ITS-Rio (Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro), formado por pesquisadores de universidades como UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio) e MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), revela que os dois candidatos na dianteira das pesquisas eleitorais à Presidência se valem de robôs para turbinar suas redes sociais na campanha. O uso da automação, no Twitter, foi maior entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro: 50% dos retuítes, contra 25% entre os apoiadores de Lula. A prática não é permitida por lei.

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Política de combustíveis

Agradou aos empresários do setor de combustíveis a postura de Lula ao admitir que gestões passadas erraram na política de represamento de preços na Petrobras. Lula avaliou que Dilma Rousseff errou “com o preço da gasolina”, quando a Petrobras praticava preços mais baixos do que o mercado externo e acabou por gerar prejuízos à empresa. O comentário, embora tenha sido superficial, reforça a ideia de que o ex-presidente está numa candidatura mais ao centro e não pretende realizar mudanças tão drásticas no setor. O programa de governo de Lula fala em abrasileirar os preços dos combustíveis, mas não deixa claro como seria uma nova precificação da Petrobras.

MPs na pauta

Líderes partidários no Congresso pretendem aprovar, nesta semana, todas as medidas provisórias que estão com vencimento previsto para o período eleitoral. Uma delas é a MP 1118, que muda as regras da incidência do Cofins sobre os combustíveis. O relator, deputado Danilo Forte (PSD-CE), pretende incluir incentivos ao setor com um programa de produção do biodiesel para dar mais competitividade. No entanto, vem sofrendo pressão da equipe econômica e parte do setor de transportes para não modificar a MP. Apontam o alto impacto no custo do combustível com os possíveis incentivos.

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