Conflito em Terra Indígena Yanomami já acumula 14 vítimas

Ação coordenada do governo federal no território Yanomami encontra comunidade de povo indígena isolado (Moxihatëtë), sem nenhum contato com a sociedade. Eles vivem há apenas 15 quilômetros de um ponto de garimpo (Leo Otero/MPI)
Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO – O corpo de uma mulher, com sinais de violência sexual e enforcamento, foi encontrado dentro da Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima, no sábado, 6. A identidade da vítima ainda não foi confirmada.

Segundo a Polícia Federal (PF), ela foi localizada em uma área próxima ao local onde os corpos de oito garimpeiros foram achados, na última terça-feira, 2. O corpo da mulher já foi removido para Boa Vista, onde passará por exames e perícia do Instituto Médico-Legal (IML).

Com mais essa vítima, chega a 14 o número de mortos em menos de uma semana na região. Quatro garimpeiros foram mortos em confronto com forças policiais, no domingo, 30, e um indígena foi assassinado e outros dois feridos, no último sábado, 29, desta vez, na região de Uxiú, onde há forte presença de atividade de garimpo ilegal.

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A onda de violência chegou a levar uma comitiva do governo federal, no início da semana, para Roraima. As ministras Nísia Trindade (Saúde), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) foram ao Estado anunciar medidas para intensificar as ações para a retirada de garimpeiros e o atendimento de saúde às comunidades indígenas.

Um dos anúncios foi a ampliação de mais 220 agentes da Força Nacional de Segurança no território Yanomami. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, eles vão auxiliar na desintrusão de garimpeiros ilegais da área.

(*) Com informações da Agência Brasil
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