Sociedade 07 de maio de 2023

Conflito em Terra Indígena Yanomami já acumula 14 vítimas

Ação coordenada do governo federal no território Yanomami encontra comunidade de povo indígena isolado (Moxihatëtë), sem nenhum contato com a sociedade. Eles vivem há apenas 15 quilômetros de um ponto de garimpo (Leo Otero/MPI)
Ação coordenada do governo federal no território Yanomami encontra comunidade de povo indígena isolado (Moxihatëtë), sem nenhum contato com a sociedade. Eles vivem há apenas 15 quilômetros de um ponto de garimpo (Leo Otero/MPI)
Da Revista Cenarium*

SÃO PAULO – O corpo de uma mulher, com sinais de violência sexual e enforcamento, foi encontrado dentro da Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima, no sábado, 6. A identidade da vítima ainda não foi confirmada.

Segundo a Polícia Federal (PF), ela foi localizada em uma área próxima ao local onde os corpos de oito garimpeiros foram achados, na última terça-feira, 2. O corpo da mulher já foi removido para Boa Vista, onde passará por exames e perícia do Instituto Médico-Legal (IML).

Com mais essa vítima, chega a 14 o número de mortos em menos de uma semana na região. Quatro garimpeiros foram mortos em confronto com forças policiais, no domingo, 30, e um indígena foi assassinado e outros dois feridos, no último sábado, 29, desta vez, na região de Uxiú, onde há forte presença de atividade de garimpo ilegal.

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A onda de violência chegou a levar uma comitiva do governo federal, no início da semana, para Roraima. As ministras Nísia Trindade (Saúde), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) foram ao Estado anunciar medidas para intensificar as ações para a retirada de garimpeiros e o atendimento de saúde às comunidades indígenas.

Um dos anúncios foi a ampliação de mais 220 agentes da Força Nacional de Segurança no território Yanomami. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, eles vão auxiliar na desintrusão de garimpeiros ilegais da área.

(*) Com informações da Agência Brasil
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