Desperdício global: mundo joga fora 1 bilhão de refeições, apesar de 800 milhões na fome

Quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior (Divulgação/Instituto Cidade Amiga)
Da Revista Cenarium*

AFP E SÃO PAULO – A humanidade desperdiçou por dia o equivalente a um bilhão de refeições em 2022, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira, 27, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Esse cálculo é provisório e a quantidade de alimentos desperdiçados pode ser muito maior, apontam os responsáveis pelo Índice de Desperdício de Alimentos.

Embora ainda existam 800 milhões de pessoas que sofrem com a fome, o mundo desperdiçou mais de um bilhão de toneladas de alimentos em 2022, o equivalente a mais de US$ 1 trilhão (R$ 5,21 trilhões na cotação da época).

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No Brasil, cerca de 41 mil toneladas de alimentos são desperdiçadas todos os anos (José Cruz/Agência Brasil)

Isso representa aproximadamente quase um quinto de tudo o que é produzido, “uma tragédia global”, diz o texto.

Milhões de pessoas passarão fome hoje enquanto os alimentos são desperdiçados em todo o mundo“, afirma Inger Andersen, diretora-executiva do Pnuma. E esse não é apenas um fracasso moral, mas também ambiental, destaca ela.

O desperdício de alimentos produz cinco vezes mais emissões de CO2 que o setor da aviação e requer grandes áreas de terra onde são cultivados alimentos que não são consumidos.

O relatório, em conjunto com a organização sem fins lucrativos Wrap, é o segundo sobre desperdício global de alimentos elaborado pela ONU.

À medida que a coleta de dados melhora, a verdadeira magnitude do problema se torna mais clara, diz Clementine O’Connor, também do Pnuma.

Para mim, é simplesmente assustador“, reforça Richard Swannell, do Wrap. “Seria realmente possível alimentar todas as pessoas atualmente famintas no mundo com uma refeição por dia, apenas com a comida que é desperdiçada a cada ano.

Restaurantes, refeitórios e hotéis foram responsáveis por 28% do total de desperdício de alimentos em 2022, enquanto o comércio varejista, como açougues e mercearias, descartou 12%. Os maiores culpados foram os lares, que representaram 60%, cerca de 631 milhões de toneladas.

Leia a matéria na íntegra neste link.

(*) Com informações da Folhapress

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