É hora do combate à fome estar no centro das decisões

No último recesso, fiz uma viagem de férias com a minha família, minha esposa Juliana e meus filhos mais novos, Marcelo, de 8 anos, e José Umberto, de 6. De carro, na estrada, calculei errado o horário da parada para o almoço. Até a chegada do restaurante, demoramos o suficiente para meus filhos reclamarem de fome. O pequeno chegou a chorar.

Me veio uma dor no coração, mesmo sabendo que o que distanciava meus filhos de um prato de comida eram quilômetros, e que eu teria como pagar um prato de comida para eles. Naquele momento, pude sentir o que é, para um pai, ouvir do filho um choro por comida sem poder, como eu, saciar esta fome por conta da enorme injustiça social, do desemprego e da falta de oportunidade.

Neste dia, decidi, na volta à Câmara, colocar o combate à fome no centro do meu mandato. Estamos saindo de uma pandemia sanitária, mas entramos na pandemia da fome. Precisamos tratar isso de uma forma legislativa, colocando na pauta ações práticas de médio e logo prazos para combater essa chaga, mas também temos de atender àqueles que não podem esperar.

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Chegou a hora de colocarmos a agenda do combate à fome em ação. Já distribuí mais de 5 mil cestas básicas para famílias no Amazonas e destinei emendas para a construção de 12 restaurantes comunitários com refeições a R$ 1. De outro lado, estamos chamando parceiros que já ajudaram com doações o Amazonas na época da crise do oxigênio

Nesta quarta-feira, 16, convocaremos todos, além de instituições ligadas ao tema, para se somar conosco nas Frentes Parlamentares de Combate à Fome e da Segurança Alimentar e Nutrição para uma grande ação mobilizadora e solidária. O Brasil já mostrou que sabe combater a fome e, parafraseando o saudoso Betinho, criador de exitosos programas sociais, “quem tem fome, tem pressa”.

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(*)Marcelo Ramos é advogado, professor de Direito Constitucional e vice-presidente da Câmara Federal.

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