Eleições 2022: em Manaus, Lula defende ZFM; Bolsonaro ataca AM e Moro perde palanque

A Omar, Lula lembrou que a ZFM não pode perder competitividade e que em seu governo, ao contrário, a prorrogou (Revista Cenarium)

O senador Omar Aziz (PSD-AM), coordenador da bancada do Amazonas, no Congresso, conseguiu o que almejava no encontro com o pré-candidato a presidente, Luís Inácio Lula da Silva, que esteve em rasante por Manaus nesta segunda-feira, 7, para uma parada técnica, vindo do México. Arrancou do ex-presidente uma fala de defesa da Zona Franca de Manaus (ZFM) num momento em que o governo desfere o mais duro golpe no modelo. A Omar, Lula lembrou que a ZFM não pode perder competitividade e que em seu governo, ao contrário, a prorrogou. Falou ser a favor da redução de preços, mas não “acabando com a economia de uma região difícil de criar atividades econômicas”.

ZFM prorrogada

Já para o vice-presidente da Câmara, deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM), que também esteve com Lula no aeroporto, mais importante do que qualquer questão de natureza eleitoral discutida, foi a reafirmação do ex-presidente em favor da Zona Franca de Manaus. “Esse compromisso tem um lastro, que foi o cuidado que ele teve com o Polo Industrial de Manaus quando era presidente”. Além disso, Lula mostrou a Ramos ser sensível com a necessidade de vantagens comparativas para o Amazonas por conta da distância logística e pelas questões ambientais, afirmou o vice da Câmara.

Garimpo e PIM

Se valendo da desculpa da guerra na Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro volta a atacar a Amazônia. Após produzir o mais duro golpe na Zona Franca de Manaus, Bolsonaro pressiona o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para pautar seu PL 191/2020, esta semana, alegando a urgência de aumentar a produção de potássio para o agronegócio. O projeto busca autorizar a pesquisa de mineração, o garimpo e o aproveitamento de recursos hídricos para geração de energia em terras indígenas. Além de carecer de consenso entre os setores envolvidos, como os indígenas e ambientalistas, a matéria é inconstitucional.

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Podemos e PSDB

Sergio Moro corre o risco de ficar sem palanque no maior colégio eleitoral do País, São Paulo. O vexame internacional, na Ucrânia, de Artur do Val, o Mamãe Falei, o fez retirar sua pré-candidatura ao governo paulista. Fontes apontam que o Podemos abraçará o vice-governador Rodrigo Garcia, cujo palanque é do tucano João Doria (PSDB). Em menos de duas semanas, dois nomes que Moro levou para o partido causaram desgaste junto à presidente Renata Abreu. Primeiro, a defesa da legalidade de um partido nazista pelo deputado Kim Kataguiri e, agora, a fala de do Val sobre as ucranianas. Moro chegou a saudar, no Twitter, a viagem do MBL à zona de guerra.

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