Ex-secretário de Polícia Civil Allan Turnowski é preso por organização criminosa e envolvimento com o jogo do bicho

Turnowski foi chefe de polícia entre 2010 e 2011, durante o governo de Sérgio Cabral (Reprodução)
Com informações do Infoglobo

RIO DE JANEIRO – O ex-secretário de Polícia Civil Allan Turnowski, candidato a deputado federal pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro e do governador Cláudio Castro, foi preso em casa na manhã desta sexta-feira por organização criminosa e envolvimento com o jogo do bicho. Também foi alvo de busca e apreensão Antônio Ricardo Lima Nunes, ex-chefe do Departamento-Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa e que é candidato a deputado estadual pelo Podemos.

Turnowski deixou a residência, já preso, pouco depois das 8h05, em direção ao Centro do Rio. Após deixar a Corregedoria da Polícia Civil, o ex-secretário será levado para o Instituto Médico Legal (IML) e em seguida para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica.

Após deixar a Corregedoria da instituição, Allan será levado para o Instituto Médico Legal (IML) do Centro do Rio e em seguida para a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica.

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Turnowski foi chefe de polícia entre 2010 e 2011, durante o governo de Sérgio Cabral, hoje também preso, e deixou a pasta durante uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto vazamento de uma operação. O caso foi arquivado por falta de provas. O delegado sempre negou haver qualquer irregularidade no caso.

À frente da Secretaria de Polícia Civil, pasta criada por Wilson Witzel, Turnowski inaugurou uma força-tarefa de combate às milícias, que, até março, segundo a Polícia Civil, somou mais de 1,2 mil prisões.

A prisão de Turnowski ocorreu em consequência de investigações em curso desde o ano passado, quando o delegado da Polícia Civil Maurício Demetrio Afonso Alves foi preso, em junho. Segundo o Ministério Público do estado, Demetrio negociava e cobrava propina de comerciantes da Rua Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana.

De acordo com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRJ, Demetrio e Turnowski agiam em benefício dos bicheiros Fernando Iggnácio (morto em 2020) e Rogério de Andrade. Demetrio, afirma o Gaeco, era interlocutor entre chefões da contravenção e policiais ao mesmo tempo que negociava com políticos a nomeação de aliados para cargos estratégicos na Polícia Civil.

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A assessoria da Polícia Civil informou em nota que “a Corregedoria da instituição foi informada hoje cedo que agentes do MP estariam cumprindo dois mandados de busca e apreensão contra dois delegados (Allan Turnowski e Antônio Ricardo). Além de um mandado de prisão contra Allan Turnowski”. A Polícia Civil acrescentou que a instituição não participou da ação.

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