Federação dos Indígenas repudia portaria do Ministério da Educação que é contra políticas de cotas

Indígenas pedem o fim do racismo e da exclusão, especialmente em tempos de pandemia (Reprodução/Internet)

Da Revista Cenarium

A revogação da portaria do Ministério da Educação, que promovia políticas de cotas em programas de pós-graduação para estudantes indígenas, negros e pessoas com deficiência, causou indignação na Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN). O órgão representa os 23 povos indígenas dos municípios de Barcelos, Santa Isabel do Rio Negro e São Gabriel da Cachoeira (AM).
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O texto da revogação publicado no diário oficial da União desta quinta-feira, 18, é veiculado no mesmo dia que se espera também a demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub. “Nós, povos indígenas, fomos ofendidos de morte pelo ex-ministro Weintraub, que declarou recentemente que ‘odeia a expressão povos indígenas’. Ele demonstra a sua ignorância e racismo aos povos originários”, diz a nota da FOIRN.
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Os representantes da Federação informam, ainda, que seguirão na luta por uma educação inclusiva, pluriétnica, intercultural e que valorize a diversidade sociocultural do Brasil. “Chega de exclusão e racismo. Em um momento que o mundo vai para as ruas protestar contra a violência policial e contra o racismo, nós não podemos admitir que a principal política pública diminua as desigualdades e sofra retrocessos. A educação pública de qualidade é a principal forma de mudar uma sociedade e vamos sempre lutar por uma educação inclusiva”, conclui a Federação.

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