Geotecnologia no âmbito do desenvolvimento sustentável é tema de debate

GovSummit 2023 foi realizado no auditório do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, em Manaus (Alan Geissler/Revista Cenarium)
Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – O uso da geotecnologia no desenvolvimento sustentável das cidades foi tema de encontro entre representantes de governos municipais e estaduais nesta terça-feira, 4, na sede do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Zona Centro-Sul de Manaus.

Denominado GovSummit 2023, o evento teve como objetivo abordar a qualidade na gestão pública, transparência e bem-estar da população. A Imagem Geosistemas, distribuidora oficial da Esri – líder americana no Sistema de Informações Geográficas (GIS), foi responsável pelas discussões.

As geotecnologias são um conjunto de tecnologias voltadas à coleta, ao processamento, à análise e à disponibilização de dados e informações espaciais. Um exemplo disso são os sensores transportados pelos satélites em órbita ao redor do planeta, que coletam dados processados para serem visualizados como imagens e que servem para a identificação de diversos fenômenos.

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De acordo com o diretor do Setor Público da Imagem, Guilherme Viana, o GovSummit é um evento especialmente voltado para governos, com a finalidade de entender as necessidades dos gestores que utilizam a ferramenta ArcGis (Geographic Information System, em inglês) e, ainda, de trocar experiências entre os participantes.

O diretor do Setor Público da Imagem, Guilherme Viana, no GovSummit, em Manaus (Alan Geissler/Revista Cenarium)

“A geotecnologia é inserida no contexto de onde as cidades ou os governos estão situados e, a partir daí, os governos têm mais informações para melhorar as suas tomadas de decisão. A geografia pode apoiar um gestor público na criação de uma cidade mais moderna e inteligente”, disse Viana à REVISTA CENARIUM.

Mostra de casos

O evento teve como proposta a mostra da aplicação de inteligência geográfica como solução para centros de comando e controle de prefeituras, governança de dados e estudo de viabilidade. Um dos casos apresentados foi o sistema de Monitoramento de Desmatamento e Queimadas na Amazônia, gerido pelo Ipaam.

Com o uso da tecnologia, é permitido que o Estado acompanhe, de forma remota, os locais onde acontecem desmatamentos e queimadas, a partir de alertas enviados pelo monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Sistema de Monitoramento de Desmatamento e Queimadas na Amazônia, gerido pelo Ipaam (Adrisa De Góes/Revista Cenarium)

O coordenador do Centro de Monitoramento Ambiental do Amazonas, Daniel Soares, explica que, após a implementação do sistema ArcGis o órgão teve um salto na identificação e notificação de ilícitos ambientais.

“Por conta do tamanho do Estado, não há como descobrir e mandar uma equipe imediata no local. Então, isso é feito de forma automatizada. O Ipaam identifica, embarga e multa. Esse monitoramento é um divisor, pois antes da implementação e da utilização desse sistema, todas as ações de autuação dependiam das atividades de campo. Conseguimos aumentar e otimizar muito essas autuações e, consequentemente, inibir as ações prejudiciais ao meio ambiente”, destacou à CENARIUM.

O coordenador do Centro de Monitoramento Ambiental do Amazonas, Daniel Soares (Alan Geissler/Revista Cenarium)
Participantes do encontro

Também participam do evento o Codex – parte do grupo Imagem, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico de Rondônia (Sedec), a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), além das secretarias de Finanças e de Educação da Prefeitura de Manaus.

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