Governador do AM teme novo colapso na saúde em cinco dias: ‘Podemos chegar ao limite’

alta demanda de internações ocasionadas por aglomerações, pode não ser atendida pela ampliação de leitos já realizada. (Diego Peres/Secom)

Bruno Pacheco – Da Revista Cenarium

MANAUS – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), afirmou nesta quinta-feira, 31, que a rede de saúde do Estado pode entrar em um novo colapso. Segundo ele, a alta demanda de internações ocasionadas por aglomerações de fim de ano pode não ser atendida pela ampliação de leitos clínicos e de Unidades de Terapia Intensivas (UTI) já realizada.

Durante entrevista a uma rádio local, o gestor alerta para uma situação preocupante. “A qualquer momento nós podemos chegar ao limite, daqui a a cinco dias temos essa previsão. Estamos fazendo tudo, mas se não houver nenhuma conscientização, se não diminuírem as aglomerações, nós não teremos mais um leito de UTI para atender as pessoas”, revelou Wilson.

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Ainda segundo Lima, nos últimos dois dias foram internadas 209 pessoas. “Os profissionais da saúde estão trabalhando no seu limite, estão exaustos. Não há decisão fácil nesse momento, temos que ter coragem e prudência na hora de tomar essas decisões”, desabafou o governador à rádio Tiradentes.

Pressão

O governador também revelou detalhes sobre a pressão de órgãos de controle quanto às medidas restritivas econômicas. Ele afirmou que após o decreto de restrição das atividades, era esperado a insatisfação de trabalhadores, e que a decisão era necessária para evitar a disseminação do novo Coronavírus.

“Independente da decisão, haverá crítica e insatisfações, mas é preciso entender que sou o governador de todos. Eu preciso ouvir todos para entender qual o caminho é o melhor para gerar o equilíbrio nesse momento”, disparou Lima.

Vacinação

Sobre a vacinação, Wilson declarou que o Estado possui uma quantidade de seringas em estoque e que deve comprar mais de um 1,5 milhão até janeiro de 2021. Ele também mencionou um plano de distribuição conjunta da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e outras pastas governamentais.

“Em princípio, o grupo de risco será vacinado, algo em torno de 650 mil pessoas. Estamos preparando o acondicionamento dessas doses. Também vamos colocar contêineres refrigerados em polos estratégicos, para que dali haja distribuição. Já tem um plano de logística com a Casa Militar, a Secretaria de Saúde e também com a FVS”, informou.

Ministério da Saúde

Para Wilson, é necessário que o Ministério da Saúde (MS) forneça informações sobre o laboratório responsável pela fabricação da vacina. “A gente já tem uma boa notícia do governo federal de que a logística até o Estado será feita pelo Ministério da Saúde, então o avião da FAB ou contratado pelo governo vai sair da central dele para trazer até Manaus e daqui vamos fazer essa distribuição”, comunicou.

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