Grupo de indígenas faz ato pró-Bolsonaro no aeroporto de BSB e ocupa embarque

O grupo se concentrou no estacionamento do local, mas depois ocupou a área de embarque e desembarque do aeroporto (Reprodução/AFP)
Da Revista Cenarium*

BRASÍLIA – Indígenas com faixas pró-Bolsonaro foram ao aeroporto de Brasília nesta sexta-feira, 2, em manifestação contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Vídeo que circula na internet mostra um grupo com algumas dezenas de pessoas com faixas e cartazes em verde e amarelo, frases contra a censura e entoando gritos de “Lula, ladrão”.

Lideranças indígenas ouvidas pela reportagem, sob condição de anonimato, os manifestantes do povo Kayapó, que em parte, é defensora do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas.

PUBLICIDADE

Nos cartazes, há frases que dizem “não vão nos calar”, “o Brasil pede socorro” e críticas à imprensa, inclusive, em inglês. Eles protestam contra a diplomação dos políticos eleitos e cantam que Lula “não sobe a rampa”, em referência ao ato de posse do presidente, marcado para o dia 1° de janeiro.

O grupo se concentrou no estacionamento do local, mas depois ocupou a área de embarque e desembarque do aeroporto, se concentrando em frente aos portões que dão acesso às aeronaves.

Antes, em novembro, indígenas já haviam participado de atos bolsonaristas e antidemocráticos, em Brasília.

Na ocasião, no entanto, eles eram do povo Paresí, que se concentra em Mato Grosso, Estado fortemente bolsonarista. Integrantes da etnia também participaram de atos golpistas no Estado.

Os Paresí organizam, por exemplo, o Grupo dos Agricultores Indígenas, que reúne comunidades que plantam commodities agrícolas em larga escala.

Eles já foram, inclusive, recebidos pelo presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Marcelo Xavier, e também elogiados por Bolsonaro, que incentiva a prática agrícola por parte dos povos.

Outro nome do bolsonarismo e do negacionismo climático que é próximo dos Paresí é Nabhn Garcia, secretário de Assuntos Fundiários e um dos principais nomes do ruralismo no governo.

Garcia, inclusive, foi quem indicou Xavier para o cargo da Funai e os dois são próximos desde a época em que o atual presidente do órgão indigenista, que é policial, atuava em Mato Grosso.

(*) Com informações da Folhapress
PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.