Homem acusado de importunação sexual em Manaus é identificado como servidor do Incra

Importunação sexual foi registrada por câmera de supermercado (Reprodução)
Isabella Rabelo – Da Revista Cenarium

MANAUS (AM) – O suspeito de praticar importunação sexual contra três mulheres no Supermercado Veneza foi identificado como servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Antonio Ednelson Lopes foi acusado após imagens das câmeras de segurança do estabelecimento mostrarem ele passando a mão no corpo das vítimas que aguardavam atendimento no local.

A informação foi anunciada pela deputada estadual Alessandra Campelo, procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) que, durante a sessão planéria, expôs o ocorrido e demonstrou indignação após informar que o suspeito, apesar de identificado e detido pela Polícia Militar, não foi preso em flagrante.

“Esse homem foi levado para a delegacia após muita confusão que essa mulher fez. Ela teve que fazer uma grande confusão para que segurassem esse homem e ele foi para a delegacia e, pasmem, não foi feito o flagrante. Ele não foi preso em flagrante depois de ter importunado três mulheres”, disse.

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Deputada estadual Alessandra Campelo, procuradora da Mulher na Aleam (Divulgação/Aleam)

Alessandra defendeu que o acusado deve pagar pelo crime de importunação sexual, tipificado no Artigo 215-A do Código Penal, e ainda pontuou que casos como este acontecem continuamente pela certeza de impunidade tida pelos criminosos ao desrespeitar a integridade sexual de mulheres à sua volta.

“Tem que pagar, sim, esse abusador, tem que responder, tem que ser preso, tem que responder pelo crime para que ele não faça isso. Se ele faz isso na frente de todo mundo, em um supermercado, em um domingo de manhã, imagina o que esse homem não faz quando não tem ninguém olhando. Vamos até o fim por justiça”, ressaltou a deputada. 

O caso

Em entrevista à REVISTA CENARIUM, a terceira vítima, que foi a única a registrar a ocorrência contra o homem até o momento, afirmou que só foi possível identificá-lo com a ajuda de presentes, já que o supermercado não quis deter o suspeito até a polícia chegar. 

Eu estava saindo do supermercado, já tinha entrado no mercado, comprado algumas coisas e estava saindo, e na saída tem uma lanchonete. E aí, nesse ínterim que eu passo, vejo o que quero comprar, vou para o caixa, é o momento que ele passa, pega em outras mulheres, em mim… Enfim, a gente só conseguiu identificar porque o rapaz que estava ao meu lado se solidarizou comigo, ele foi e atravessou o carro dele no supermercado, fechou o supermercado, porque o supermercado não quis detê-lo“, explicou.

Veja vídeo:
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Editado por Adrisa De Góes
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