Juntas há mais de 40 anos, casal de lésbicas brasileiras protagoniza série na Netflix

Priscilla Peixoto – Da Revista Cenarium

MANAUS – A vida de Jurema e Nicinha, duas mulheres negras, umbandistas, que vivem um amor homossexual há mais de 40 anos na cidade do Rio de Janeiro, virou tema abordado nas telinhas da provedora global de filmes Netflix.

A vida do casal lésbico carioca vai fazer parte da série Meu Amor – Seis Histórias de Amor Verdadeiro. A nova série entrou no ar nessa terça-feira, 13, e movimentou as mídias sociais devido à surpresa pela escolha do casal brasileiro como um dos protagonistas da série dividida em seis episódios.  

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Elas trazem no enredo a diversidade que existe no amor e nos casais do País em diversos âmbitos. O cotidiano do relacionamento de Nicinha e Jurema foi acompanhado e dirigido pela documentarista Carolina Sá ao longo de todo ano de 2019.

A vida do casal lésbico carioca vai fazer parte da série Meu Amor – Seis Histórias de Amor Verdadeiro (Reprodução/ Divulgação)

Escolhidas

Sobre a escolha do casal em entrevista ao Universa, a diretora Carolina Sá contou que optou por personagens que tivessem uma realidade que simbolizassem a resistência.

“Queria um casal homoafetivo e que representasse boa parte das pessoas que resistem no País, em todos os sentidos, das mulheres, das pessoas de regiões de favela, de relação homoafetiva”, explica a diretora que revelou conversar com a Netflix para que fosse um casal de fé de matriz africana.

 Além do Brasil, a série estilo documental também vai exibir histórias de outros casais do Japão, Coreia do Sul, Espanha, Índia e Estados Unidos.

Diversidade

De acordo com o relatório de 2017 do grupo ativista Glaad (Aliança de Gays e Lésbicas Contra Difamação), dos 109 lançamentos de filmes daquele ano, em sete maiores estúdios de cinema, só 14, ou 12,8%, incluíam personagens LGBT.

De lá para cá, estas lacunas vêm sendo preenchidas por conta das iniciativas de profissionais e empresas engajadas no auxílio ao combate à invisibilidade das lésbicas, gays, bissexuais, pessoas transgênero e não binárias.

As empresas de streamings, como a Californiana Netflix, têm sido uma porta para o aumento de produções voltadas para a inclusão e a diversidade sexual, de gênero ou étnica.

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