Leite em Brasília e estabilização de preços dos combustíveis na ordem do dia dos políticos

Eduardo Leite, à esquerda, e Gilberto Kassab, à direita (Divulgação)

Via Brasília – Da Revista Cenarium

BRASÍLIA – Em agenda política em Brasília, o governador Eduardo Leite (PSDB-RS) causou frisson nos gabinetes ao se reunir com tucanos na capital federal, em Brasília, nessas terça e quarta-feiras, 15 e 16. Leite resolverá se ingressa no PSD até a próxima semana. Em coletiva, Leite afirmou que nada está descartado e que, apesar de ter ganhado as prévias, o governador João Doria, após quatro meses, encolheu nas pesquisas de intenção de voto. Em reação, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que ofereceu a Eduardo Leite o comando do partido para tentar estancar a fervura.

Comando do PSDB

Araújo deixa o cargo no ano que vem e acredita que Leite tem tudo para liderar o partido, “para ser o ativo político mais importante do PSDB.” Disse ainda que a conversa com o gaúcho não passou pela retirada da pré-candidatura de Doria, mas afirmou que o partido não tem dono, e quem nem ele, nem Doria, nem FHC são donos da legenda. O governador Eduardo Leite permanece em Brasília para mais dois encontros, um deles com o presidente do PSD, Gilberto Kassab. Bom lembrar que Leite está longe de ser o nome que unifica a terceira via, já que nenhum dos candidatos postos -Doria, Simone Tebet e Sergio Moro, pensa em desistir do páreo

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Apoio na Câmara

A proposta de criação da conta de estabilização do PL 1472/21 tem encontrado apoio na Câmara. Deputados do Centrão, próximos a Arthur Lira, como Hugo Motta, defendem que o mecanismo deveria ser permanente e não usado apenas em situações de conflito, como sugeriu o ministro da Economia, Paulo Guedes. Embora o presidente Jair Bolsonaro pressione por um subsídio à gasolina para acenar à classe média, há pouco espaço no Congresso para se discutir algo focalizado para o combustível por se tratar de uma parcela da população considerada menos ‘prioritária’ por deputados.

Foco no diesel

O foco, segundo fontes do parlamento, tem de ser no diesel, por causar impacto maior nos preços dos alimentos, e no gás de cozinha. O acordo feito entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que a Câmara aprovasse as duas matérias juntas já foi flexibilizado porque o governo tinha mais urgência na aprovação do PLP 11, que possibilita a desoneração dos combustíveis, porém, o entendimento é de que a conta de estabilização ainda deve entrar na pauta nos próximos dias.

Anúncio de medidas

Acossado pela escalada da polêmica envolvendo os combustíveis, o Palácio do Planalto trabalha pelo anúncio de programas que promovam distribuição de recursos para beneficiar a população mais carente. Bolsonaro lança o novo marco de securitização e fortalecimento de garantias para a agricultura e o agronegócio. Nesta quinta-feira, 17, o presidente deve anunciar medidas para colocar dinheiro na veia da população mais carente, com lançamento de programas para usar dinheiro do FGTS e oferecer crédito à população de baixa renda. Ou seja, a semana será voltada à população invisível e os informais.

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