Levantamento mostra que governador Antonio Denarium cumpriu apenas 13 das 41 promessas de campanha

Governador de Roraima, Antonio Denarium (Reprodução)
Gabriel Abreu – Da Revista Cenarium

BOA VISTA – Um levantamento feito pelo Portal G1, da TV Globo, mostrou que o governador de Roraima, Antonio Denarium (Progressistas), cumpriu apenas 13 das 41 promessas que fez durante a campanha eleitoral de 2018. Os dados foram divulgados nessa quarta-feira, 27, pelo site de notícias que anualmente publica se os gestores eleitos estão ou não cumprido o que foi prometido a população.

O site aponta que das 41 promessas, 15 ainda não foram cumpridas e outras 13 foram cumpridas “em parte”, o que significa que ainda há pendências para que o trabalho seja considerado entregue para a população.

Os critérios usados para medir as promessas do site são: Não cumpriu ainda: quando o que foi prometido não foi realizado e não está valendo/em funcionamento; Em parte: quando a promessa foi cumprida parcialmente, com pendências; Cumpriu: quando a promessa foi totalmente cumprida, sem pendências.

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A plataforma explica que se a promessa for inaugurar uma obra, o status “cumpriu” é apenas se a obra já tiver sido inaugurada; caso contrário, é “não cumpriu”. Se a promessa é construir dez hospitais e cinco já foram inaugurados, o status é “em parte”. Se a promessa é inaugurar 10 km de uma rodovia e 5 km já foram entregues à população, o status é “em parte”.

Entre as propostas que não cumpriu foi a de manter funcionando o Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafir), mas o espaço foi interditado e até agora não houve nada concreto para que uma empresa gerencie o espaço. Havia uma expectativa de um leilão, mas o governo estadual não conseguiu, por conta do Mafir possuir uma dívida milionária de energia elétrica.

Eleitor mais vigilante

Segundo o cientista político Helso Ribeiro, o sistema presidencialista faz com que as Unidades Federativas [Estados] repitam o que ocorre com muita frequência com a Presidência da República, ou seja, o candidato promete muito e faz pouco e isso fica por isso mesmo. Por conta do princípio da responsabilidade política, que, de acordo com o analista, o candidato age dentro da lei, mas não consegue realizar a promessa. O que torna o eleitorado mais crítico.

“Eu penso que a democracia representativa acaba se desgastando com isso, porque são promessas vazias, aquela música do Cazuza: ‘A piscina está cheio de ratos, porque as ideias  não correspondem aos fatos.’ Isso gera cada vez mais abstenção. Eu entendo que parte considerada do eleitorado está mais crítica e não ver com simpatia esse tipo de comportamento. A outra parte do eleitorado sendo fisiológica, o chamado toma lá da cá.   

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