Médicos pedem demissão em massa após falta de pagamentos em MT

Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) da cidade estão com superlotação (Foto: Reprodução)
Davi Vittorazzi — Da Revista Cenarium

CUIABÁ (MT) — Um grupo de 19 médicos que trabalham em unidades de saúde da cidade de Peixoto de Azevedo (MT) pediu demissão coletiva. As Unidades de Pronto Atendimentos (UPAs) da cidade estão com superlotação. Uma liminar na Justiça determinou o pagamento imediato à empresa terceirizada que contratou os profissionais.

Os médicos eram contratados pelo Instituto de Saúde São Lucas, que tem contrato com a Prefeitura de Peixoto. Eles atendiam nas UPAs Charles Frederico Fumieri e na UPA do distrito de União do Norte.

Em uma nota de esclarecimentos, o grupo de médicos afirma que já tinha realizado reuniões com a prefeitura e a empresa para buscar uma solução. No entanto, o município alegou que estava em dívidas e que não conseguiria fazer os pagamentos.

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“Decidimos formalizar nosso pedido de demissão coletiva e afastamento da escala médica com 30 dias de aviso prévio, portanto a informação que circula que a administração municipal e o Instituto São Lucas foram pegos de surpresa, é inverídica e não procede”, diz trecho da nota.

Médicos trabalhavam em UPAs (Reprodução)

A Prefeitura de Peixoto de Azevedo confirmou que devido à queda na arrecadação, não teve recursos pagar quitar as dívidas que atualmente somam cerca de R$ 2,2 milhões.

Segundo o secretário de Saúde da cidade, Gilberto Cavalheiro, é esperado recursos do Ministério da Saúde, para que os pagamentos sejam realizados. Os atendimentos nas UPAs do município devem ser normalizados em até 40 dias.

“O que é preciso esclarecer à população é que não há inércia nem da parte do município e muito menos da parte do Instituto São Lucas. Todos estamos trabalhando para que no mais breve espaço de tempo a gente consiga sanar esse problema e evitar dificuldades futuras, priorizando os repasses da instituição”, disse o secretário em um vídeo.

O Ministério Público de Mato Grosso (MP-MG) entrou com uma ação na Justiça, que concedeu uma liminar para a prefeitura realizar o pagamento à empresa em 48h, que vence nesta quinta-feira, 2. Em caso de não pagamento pelo Município, será MP vai requerer o bloqueio do valor devido que é de R$ 2.270,860,62.

Leia mais: Servidor de prefeitura do interior do MT movimentou R$ 3 milhões em conta particular
Editado por Aldizangela Brito
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