Michelle e comunidades no WhatsApp na mira de Bolsonaro para alavancar campanha

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reconheceu o efeito positivo da presença da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em eventos, como forma de atrair o eleitorado feminino e, assim, melhorar sua performance num grupo muito resistente a ele. Outro conselho que o presidente deve considerar é o foco na classe média. Em 2018, Bolsonaro contou com boa parte dessa fatia de eleitores para liquidar a fatura. Ainda que fosse um eleitorado não muito convencido do que seria o Governo Bolsonaro, e até envergonhado do seu voto, foi importante e está na mira do núcleo político da campanha para um trabalho de reconquista.

Sem acordo com WhatsApp

O WhatsApp não voltará atrás da decisão que jogará para depois das eleições o lançamento da ferramenta comunidades, que permite a criação de grandes grupos para o envio de mensagens. Ainda não está certo se a nova funcionalidade chegará após o segundo turno ou somente no ano que vem, mas até o momento a empresa está inclinada a aguardar o término do pleito para iniciar a novidade. Bolsonaro disse que pressionará a plataforma para “exigir informações a respeito do acordo com o Tribunal Superior Eleitoral que adia o recurso para pós-eleições. Bolsonaro quer já a licença para disparar fake news e ataques em massa.

Ajustes na comunicação

Por falar em desinformação, o PT e Lula avaliam ajustes na comunicação da campanha presidencial. Após “reconciliação” com o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, disse que o PT pode mudar a estratégia de comunicação. O partido sofre com problemas internos e com a falta de reação diante da crescente onda de notícias falsas. “Vamos tomar as medidas que acharmos necessárias para ajustar”, respondeu. Mas não é só. Lula, dizem lideranças simpáticas a ele, também deve diminuir a radicalização nos discursos e fazer mais acenos ao centro do espectro político.

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Desorganização

Questionada sobre os R$ 45 milhões cobrados pelo marqueteiro Augusto Fonseca, a presidente da legenda disse que vai negociar “dentro da nossa condição e da legalidade”. O discurso da dirigente mudou diante da constatação de que a desorganização na comunicação pode ameaçar a liderança que Lula tem hoje nas pesquisas. O discurso predominante no partido era que não tinha muito o que fazer para rebater os boatos, que o objetivo do adversário era “criar confusão” e que o dia da eleição era o mais importante. Ao que parece, o PT tende a partir pra cima do chamado gabinete do ódio bolsonarista.

Ciro na 3ª Via

Pressionado a romper a barreira dos dois dígitos nas pesquisas até junho e, dessa forma, atrair o PSD e o União Brasil, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) acena aos partidos de centro-direita ao dizer que a saída da disputa, do ex-juiz Sergio Moro, era sua única restrição a 3ª via. Na terceira colocação nas pesquisas, Ciro rechaçou a afirmação de alguns políticos de que “aceitam conversas com ele sobre uma chapa única, desde que esteja desarmado”. Ao que Ciro disparou: ”Como não podem me chamar de picareta, porque tenho 40 anos de vida limpa, não podem me acusar de incompetência, pois tenho uma biografia que me qualifica, ficam inventando essas coisas”.

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