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MPF, MP-AM e Polícia Civil investigam morte de indígena em Manaus
Tadeo Kulina, de 34 anos, foi encontrado morto em Manaus,
no último dia 15 de fevereiro. (Composição: Weslley Santos/Revista Cenarium)
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01 de março de 2024
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium
MANAUS (AM) – O caso do indígena Tadeo Kulina, de 34 anos, encontrado morto em Manaus, é acompanhado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), da Polícia Civil do Amazonas, que vai investigar o caso. O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) também ficou responsável por apurar as circunstâncias da morte do indígena, natural de Envira, a 1.208 quilômetros da capital amazonense.
O corpo de Tadeo Kulina foi localizado no Instituto Médico Legal (IML) em Manaus, no último dia 15 de fevereiro, com sinais de espancamento. O indígena foi assassinado no dia 7 de fevereiro, mesmo dia em que foi registrado boletim de ocorrência pelo seu desaparecimento.
Além do recém-nascido, Tadeo deixou três filhos entre 5 e 15 anos. Ele foi enterrado na Aldeia Macapá, localizada no Rio Acuraua, município de Envira (AM). Corima decidiu deixar a aldeia Foz do Acuraua, onde vivia com o marido, e se mudou para onde ele está sepultado.
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Segundo o MPF, já foram despachadas as primeiras diligências para apuração e solicitadas informações aos órgãos de saúde que atenderam Kulina e a esposa, Corima Kulina. Sem dar mais detalhes, o órgão também confirmou que estão previstas oitivas e que a Organização dos Povos Indígenas do Juruá (OPIJU) vai acompanhar o caso.
Tadeo Kulina saiu da aldeia onde morava com a esposa, em Envira, no dia 1º de fevereiro, com destino a Manaus. Enquanto Corima e o bebê se recuperavam do parto na Maternidade Ana Braga, na Zona Leste de Manaus, Tadeo desapareceu. Ele morreu no Hospital Estadual João Lúcio, na mesma região da capital amazonense, como indigente e só foi identificado no IML oito dias depois.
Segundo outro boletim de ocorrência, Tadeo chegou ao hospital “escoltado” por policiais. Segundo o site Metrópoles, o documento não identifica os policiais nem explica o motivo do indígena ter sido encaminhado para a unidade de saúde por policiais e não por uma equipe médica.
Entre as causas da morte na certidão de óbito estão traumatismo craniano por instrumento contundente, fratura na base do crânio e hematoma subdural, que é o acúmulo de sangue entre o cérebro e o revestimento externo.
Volta à cidade
Após a identificação no IML, Corima Kulina retornou a Envira com o bebê e o corpo do marido. Além do recém-nascido, Tadeo deixou três filhos, entre 5 e 15 anos. Ele foi enterrado na Aldeia Macapá, no Rio Acuraua, em Envira.
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