Na região Norte, Acre tem baixo índice de abastecimento de água e sistema de esgoto, aponta estudo

Os índices de abastecimento de água (aproximadamente 65%) e esgotamento sanitário (menos de 20%) são considerados baixos. (iStock)
Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – O Estado do Acre tem, aproximadamente, 65% de índice de abastecimento de água e menos de 20% de esgotamento sanitário, porcentagens consideradas baixas pelo “Livro Azul da Infraestrutura – Edição 2021”, da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). A pesquisa indica ainda que o antigo Departamento de Águas e Saneamento (Depasa) do Estado enfrenta dificuldades operacionais, financeiras e tem pouca capacidade de investimentos.

Divulgado esta semana, o estudo detalha em que “pé” se encontram projetos de infraestrutura dos estados e municípios, contando com a colaboração direta de secretários estaduais e municipais. O Acre tem população estimada em 906 mil pessoas em 2021, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e teve, em 2020, primeiro ano da pandemia, o segundo menor PIB do País, com participação de 0,2% na economia brasileira.

No Estado – que é um dos sete que integram a região Norte – o “Livro Azul” acrescenta que o sistema de abastecimento de água apresenta alto índice de perdas, pouca eficiência na gestão comercial, ausência de ações de combate às fraudes e problemas operacionais diversos, que resultam em altos custos de operação.

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A solução apontada é a participação privada na busca da universalização do saneamento básico do Estado do Acre, o que eliminaria a necessidade de aportes recorrentes do governo estadual no Departamento, de aproximadamente de R$ 60 milhões por ano.

Os investimentos em infraestrutura são fundamentais para que o País possa recuperar o seu caminho do crescimento econômico, de forma sustentável, explorando todo o seu potencial produtivo dos mais diversos setores da economia. É amplamente reconhecido que sem uma infraestrutura de qualidade, será impossível o país alcançar o patamar de uma economia produtiva e competitiva“, diz o documento.

Investimento privado

Além de apontar os projetos de infraestrutura nos 27 estados do País, o levantamento indicou que o setor privado passou a investir mais nessas obras em cinco anos, e o número de investimentos públicos diminuiu no período. Entre 2016 e 2020, a parcela privada de investimentos no setor apresentou um aumento de 14,2 %, elevação de R$ 85,8 bilhões para R$ 98 bilhões. No mesmo período, a parcela pública caiu de R$ 42,3 bilhões para R$ 26,2 bilhões.

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Em 2020, o investimento em infraestrutura somou R$ 124,2 bilhões em 2020, inferior em 3,0% aos R$ 128,1 bilhões de 2016. “A expansão do investimento privado não foi suficiente para compensar a forte retração do investimento público, resultando em uma contração substancial dos investimentos no setor“, alerta ainda o levantamento.

Veja o estudo na íntegra:

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