No AM, ex-deputado e secretário de Educação acusa empresário de ameaças

Pauderney Avelino relatou que Cyro Batará tentou intimidá-lo no exercício do cargo de gestor público (Ricardo Oliveira/Revista Cenarium e Reprodução/Internet)

Marcela Leiros – Da Revista Cenarium

MANAUS – O empresário Cyro Batará Anunciação, proprietário do Grupo Diário de Comunicação, foi acusado nesta terça-feira, 26, pelo ex-deputado e titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Pauderney Avelino, de fazer ameaças e tentar intimidá-lo após perder um contrato para a veiculação de conteúdos educacionais na pasta. Procurado, Cyro não respondeu às chamadas.

Pauderney fez as acusações durante uma coletiva à imprensa na sede da Secretaria Municipal de Educação, no bairro Adrianópolis, na zona Centro-Sul de Manaus. O secretário da Semed não apresentou provas. Questionado sobre a ausência de comprovação, o ex-deputado disse que apresentará os dados à polícia ainda hoje, quando registrará um Boletim de Ocorrência (BO).

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Avelino prometeu denunciar formalmente Cyro após ele questionar a quebra do contrato da empresa dele, sob razão social de Amazonas Produtora Cinematográfica Ltda, com a pasta. O empresário venceu o Pregão Eletrônico nº 156/2020 na Comissão Municipal de Licitação (CML).

O certame tinha como objetivo a contratação de um Centro de Mídias, por meio de empresa especializada para prestação de serviços de produção, transmissão e gravação de videoaulas a partir de conteúdos educacionais no valor global de R$ 63.215,714,68 pelo período de 12 meses.

‘David mandou’

A pedido do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), Pauderney afirmou que o pregão foi suspenso pela Semed após reavaliação das demandas da secretaria, mas não especificou o motivo. Segundo o secretário de Educação, Cyro passou a intimidá-lo, por meio de “recados” e depois fez ameaças presenciais.

“Diante dessa situação, recebi a visita do dono da empresa, onde fez várias injunções no sentido de revalidar a licitação. Pedi ao nosso jurídico uma posição e vimos que nesse processo havia ainda uma decisão judicial que mandava suspender o pregão, que não foi obedecida pela Comissão de Licitação do exercício anterior”, explicou Pauderney.

Ele relatou que retornou o processo e eu disse que não poderia homologar antes do parecer da Procuradoria-Geral do Município (PGM), atendendo novamente ao pedido de David Almeida.

“A partir daí, comecei a receber recados e ele não falava mais comigo, veio aqui uma, duas ou três vezes procurar o nosso subsecretário Lourival Batista e mandava recados como que me intimidando”, completou Avelino.

Por duas vezes, na tarde desta terça-feira, a reportagem da REVISTA CENARIUM tentou contato com o empresário e com a assessoria dele, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

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