‘O território’: coproduzido por indígenas, documentário retrata a luta contra o desmatamento na Amazônia

O documentário oferece um retrato autêntico do cotidiano e das lutas de uma comunidade indígena (Divulgação)
Com informações da assessoria

SÃO PAULO – A National Geographic Documentary Films e a O2 Play anunciam que “O Território”, premiado documentário de estreia do diretor Alex Pritz, estará disponível nos cinemas brasileiros a partir de 8 de setembro e faz parte da mostra Mês Amazônia no CineSesc.

Produzido pelo cineasta indicado ao Oscar® Darren Aronofsky, pelo indicado ao Oscar® e vencedor do Emmy Sigrid Dyekjær “A Caverna”, Will N. Miller, Gabriel Uchida, Lizzie Gillett e Pritz, com produção executiva da ativista Txai Suruí, com trilha sonora original de Katya Mihailova e edição de Carlos Rojas Felice, o filme é uma coprodução com a comunidade indígena Uru-Eu-Wau-Wau.

Vencedor de mais de dez prêmios internacionais e com 95% de aprovação no Rotten Tomatoes, “O Território” ornece um olhar imersivo sobre a luta incansável dos povos indígenas Uru-Eu-Wau-Wau, da Amazônia, contra o desmatamento invasor trazido por agricultores e colonos ilegais. Com uma cinematografia inspiradora mostrando a paisagem e um design de som ricamente texturizado, o filme leva o público para dentro da comunidade Uru-Eu-Wau-Wau e oferece acesso sem precedentes aos agricultores e colonos que queimam e desmatam, ilegalmente, a terra indígena protegida.

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Parcialmente filmado pelo povo Uru-Eu-Wau-Wau, o filme se baseia em imagens reais capturadas ao longo de três anos, enquanto a comunidade arrisca suas vidas para montar sua própria equipe de mídia na esperança de expor a verdade.

“Este filme apresenta uma realidade que precisa ser exposta. Estamos felizes com a relevância e o alcance que essa produção está adquirindo”, comenta Alex Pritz. “Em todos os lugares onde levamos “O Território”, todos foram impactados e se sensibilizaram pela situação que os Uru-Eu-Wau-Wau vivenciam. Tenho certeza que, em sua estreia, no Brasil, o efeito do filme será maior e mais poderoso ainda”, declara o diretor.

“Todo barulho que estamos conseguindo fazer com o filme mostra que estamos superando uma herança de apagamento e marginalização. Nós já estávamos registrando nossa vida e nosso cotidiano para nos preservar e, agora, estamos fazendo estas imagens e essa história chegarem a lugares que nem imaginávamos poder alcançar”, declara Bitaté Uru-Eu-Wau-Wau, o jovem líder, em “O Território”.

Prêmios

O filme, que teve seu lançamento mundial na competição World Cinema, em Sundance 2022, ganhou o Prêmio do Público e o Prêmio Especial do Júri, tornando-o o único filme do evento a ganhar prêmios do público e do júri. Muitos outros se seguiram, incluindo o True/False True Life Fund Recipient 2022, o CPH:DOX Special Menção do Júri, o Netherlands’ Movies That Matter Activist Documentary Award, o Seattle International Film Festival Golden Space Needle Award de melhor documentário, o Philadelphia Environmental Prêmio do Público do Festival de Cinema, o Prêmio Documentário John Schlesinger, do Festival Internacional de Cinema de Provincetown, o Prêmio de Melhor Categoria Planeta Sustentável, do Festival Internacional de Cinema de Vida Selvagem, o Prêmio Melhor do Festival, o Prêmio DocsBarcelona Anistia Internacional da Catalunha e o Prêmio MountainFilm Minds Moving Mountains.

“O Território” foi feito pela Documist, pela Associação Jupaú do Povo Uru-Eu-Wau-Wau, Real Lava, e por três vezes vencedora do Oscar® Passion Pictures e Protozoa Pictures, em parceria com TIME Studios e XTR, com apoio da Luminate e Doc Society .

Sinopse

“O Território” fornece um olhar imersivo sobre a luta incansável do povo indígena Uru-Eu-Wau-Wau contra o desmatamento trazido por posseiros, grileiros, garimpeiros e outros invasores de terras na Amazônia brasileira. Com uma cinematografia inspiradora e um design de som ricamente texturizado, o filme leva os espectadores para dentro da comunidade Uru-Eu-Wau-Wau e oferece acesso sem precedentes às queimadas e desmatamentos ilegais causados pelos invasores, em terras protegidas da Amazônia. Parcialmente filmado e coproduzido pelo povo Uru-Eu-Wau-Wau, “O Território” se baseia em imagens verídicas capturadas ao longo de três anos, enquanto a comunidade arrisca sua vida para montar sua própria equipe de mídia na esperança de buscar justiça.

Desde que os Uru-Eu-Wau-Wau foram contatados, pela primeira vez, pelo governo brasileiro, em 1981, seu território se tornou uma ilha verde de floresta tropical cercada por fazendas e áreas invadidas — resultado de quatro décadas de desmatamento descontrolado. A comunidade enfrenta incursões ambientalmente destrutivas e muitas vezes violentas por não nativos que buscam explorar a terra. Os ataques para extração ilegal de madeira e desmatamento tornaram-se mais frequentes e mais descarados ao longo dos últimos anos.

Nas aldeias Uru-Eu-Wau-Wau há menos de 200 pessoas, incluindo idosos e crianças, para defender quase 1.867,117 hectares de floresta tropical. Nos limites do território demarcado, uma rede de agricultores se organiza para alcançar suas reivindicações por meios legais, enquanto grileiros começam a desmatar trechos de floresta tropical por conta própria. Com a sobrevivência da comunidade em jogo, Bitaté Uru-Eu-Wau-Wau e Neidinha Bandeira — um jovem líder indígena e sua mentora — devem encontrar novas maneiras de proteger a floresta tropical de invasores. Mas, em vez de depender de outros para contar sua história, os Uru-Eu-Wau-Wau assumem o controle da narrativa e criam sua própria equipe de mídia para trazer a verdade ao mundo.

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