Início » Meio Ambiente » Pará tem 848 focos de queimadas nas últimas 48 horas e mantém fumaça sobre o Amazonas
Pará tem 848 focos de queimadas nas últimas 48 horas e mantém fumaça sobre o Amazonas
Estados do Amazonas e Pará, captados pelo satélite do Inpe (Reprodução/Inpe)
Compartilhe:
05 de novembro de 2023
Adrisa De Góes – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – O Pará é o Estado da Amazônia Legal líder em focos de queimadas nas últimas 48 horas no Brasil, com um total de 848 notificações. É o que aponta o sistema de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), consultado pela REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA neste domingo, 5.
Os incêndios florestais no território paraense, nos limites com o Amazonas, podem ser uma das causas da fumaça que encobriu Manaus nos últimos dias e fez a qualidade do ar voltar a ficar comprometida. Na sexta-feira, 3, nove focos foram identificados na região metropolitana da capital amazonense.
Depois do Pará, o ranking dos Estados com maior número de focos de queimada são: Mato Grosso (323); Amapá (160); Maranhão (119); Rondônia (116); Ceará (87); Amazonas (55); Tocantins (48); Piauí (37); Pernambuco (26); Bahia (24) e Acre (14).
PUBLICIDADE
No monitoramento por cidades, dentre dez municípios com mais focos, seis são do Pará: Poconé (MT); Portel (PA); Pacajá (PA); Moju (PA); Mazagão (AP); Macapá (AP); Porto Velho (RO); Anapu (PA); Porto de Moz (PA); Almerim (PA).
De acordo com dados do satélite GOES-16, fornecidos pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), o fluxo de ventos tem trazido partículas das queimadas para a capital do Amazonas e região. A dispersão desse material se dificulta pela ausência de chuvas e calor intenso.
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) aponta que a estação chuvosa no Amazonas, neste ano, está prevista para iniciar em dezembro e pode ser afetada pela continuidade do El Niño. O órgão estima que o período de chuva pode ocorrer abaixo da climatologia da região.
Diminuição de chuvas
O reaparecimento da fumaça e de novos incêndios florestais em Manaus e na região metropolitana da capital amazonense foi favorecido pela diminuição das chuvas. É o que aponta o informe da crise climática do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“As chuvas diminuíram na região metropolitana, o que favoreceu o reaparecimento de focos de fogo, queimadas e incêndios florestais“, diz a nota do órgão, que destaca ainda que a fumaça de Estados como o Pará, Amapá e Mato Grosso, assim como Maranhão e Piauí, é direcionada para o Amazonas.
Há pelo menos três semanas, Manaus registrou pancadas de chuva que, embora não tenham sido suficientes para elevar o nível dos rios, ajudaram a reduzir os focos de calor e a primeira onda de fumaça, que colocou o ar da capital amazonense como segundo pior no mundo para respirar.
Qualidade do ar
O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) mostrou às 14h30 deste domingo a qualidade do ar “muito ruim” na Zona Centro-Oeste de Manaus, ao marcar 86 (µg/m3). Na Zona Norte da cidade, o marcador chegou a 74. Nas demais áreas, a qualidade do ar variou entre “moderada” e “ruim”.
Desde que as queimadas se intensificaram na região amazônica, no início de outubro, o Brasil ocupa as 30 primeiras posições de piores países no planeta. Nas últimas 24 horas, a capital do Amazonas figurou com a cidade com o ar mais poluído do País, segundo o medidor internacional aqicn.org.
Outras cidades, entre elas três da Amazônia Legal, também entraram no radar do sistema de acompanhamento: Santarém (PA); Cuiabá (MT); Cubatão (SP) e Tefé (AM).
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.