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PF destrói duas pontes ilegais em territórios indígenas de Rondônia
As ações ocorreram entre a última segunda-feira, 29, e esta terça, 30, nos territórios Karipuna e Sete de Setembro (Divulgação/Polícia Federal)
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30 de maio de 2023
Iury Lima – Da Revista Cenarium
VILHENA (RO) – A Polícia Federal (PF) destruiu mais duas pontes utilizadas por madeireiros e garimpeiros clandestinos em Terras Indígenas (TIs) de Rondônia, no início desta semana. As ações ocorreram entre a última segunda-feira, 29, e esta terça, 30, nos territórios Karipuna e Sete de Setembro.
Segundo a PF, as ações visam reprimir tanto o crime ambiental presente nas reservas quanto impedir que novos invasores acessem os territórios e permaneçam nos locais sem permissão legal. As operações receberam os nomes de Borda de Proteção II e Anhangá.
Garimpo
Nesta terça, a PF contou com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para destruir uma ponte utilizada por garimpeiros ilegais na Terra Indígena Sete de Setembro, localizada entre os municípios de Cacoal (RO) e Juína (MT).
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Segundo a polícia, a estrutura dava acesso a uma área aberta na mata para a exploração de ouro. Além de desmantelar garimpos, a operação foi deflagrada para impedir crimes contra a fauna e a flora.
As equipes também tiveram apoio do Comando de Aviação Operacional (CAOP), “uma unidade especializada que oferece recursos aéreos de alta tecnologia, que permite monitoramento mais eficiente e pronta resposta às atividades ilegais identificadas na região”, esclareceu a PF.
Com quase 250 mil hectares, a TI Sete de Setembro é o lar do povo Paiter Suruí. A população é estimada em 1.500 indígenas, segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Atualmente, a reserva é dividida em 27 aldeias.
Madeira ilegal
Já na TI Karipuna, localizada entre a capital Porto Velho e o município de Buritis, no interior do Estado, a força-tarefa foi contra a exploração irregular de madeira, na última segunda. Os agentes encontraram uma ponte construída por madeireiros ilegais para facilitar o acesso ao território e à retirada ilegal de matéria-prima da floresta nativa.
Na ocasião, 12 pontos críticos de desmatamento e pelo menos 20 madeireiras foram identificadas pelos federais, funcionando no entorno da Terra Indígena. As empresas fraudavam emissões do Sistema de Documento de Origem Florestal (Sisdof) para disfarçar a ilegalidade da madeira extraída.
Com população estimada em 62 pessoas, de acordo com o Instituto Socioambiental (ISA), os indígenas Karipuna são tidos como “sobreviventes”. A realidade de tragédias relacionadas aos crimes ambientais não é novidade para a TI, mas vem sendo muito mais agravada nos últimos anos.
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