PF prende 18 garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami em Roraima

Operação Ágata prende 18 garimpeiros ilegais em território Yanomami (Divulgação/Ministério da Defesa)
Da Revista Cenarium*

MANAUS (AM) – Ao menos dezoito garimpeiros envolvidos em atividades ilegais na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima, foram presos, na quinta-feira, 20, pela operação conjunta Ágata Fronteira Norte, informou o Ministério da Defesa. Os investigados foram levados para a Superintendência da Polícia Federal em Boa Vista.

A operação contou com a presença de militares das Forças Armadas, agentes da Polícia Federal e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que resultou nas prisões e destruição de equipamentos ilegais. As prisões ocorreram em regiões de elevada tensão no território indígena.

Na última madrugada, por exemplo, cinco garimpeiros foram presos depois de tentar atravessar sem autorização o Posto de Bloqueio e Controle Fluvial, do Exército, no Rio Uraricoera, que controla a entrada e a saída das embarcações. O posto está na Comunidade de Palimiu.

PUBLICIDADE

No dia anterior, na região de Rangel, a operação resultou na prisão de 13 garimpeiros, além da destruição de três embarcações, seis motores, uma motobomba, um alojamento com cantina, um quadriciclo e um acampamento.

Servidores do Ibama em operação na Terra Indígena Yanomami (TIY) (Reprodução/Ibama)
Operação conjunta

De acordo com o Ministério da Defesa, até o momento, a Ágata Fronteira Norte já efetuou 48 prisões. A ação faz parte de um trabalho conjunto com o emprego de 1.381 militares das Forças Armadas, além de servidores civis de outros órgãos do Estado brasileiro.

A operação foi iniciada há um mês, no dia 21 de junho, por intermédio do Decreto N° 11.575. Os equipamentos utilizados incluem 11 aeronaves, um navio patrulha-fluvial e três lanchas blindadas.

Saúde indígena

Outro objetivo da Operação Ágata Fronteira Norte é garantir a segurança na região de Homoxi, também no Território Yanomami, onde está situada a Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI).

A unidade de saúde é a única da região e voltou a atender há seis meses, após ser desativada em 2021 devido a ataques de garimpeiros. A unidade atendia cerca de 700 indígenas.

Leia mais: PF destrói equipamentos utilizados para desmatar terra indígena no Pará
(*) Com informações da Agência Brasil
PUBLICIDADE

O que você achou deste conteúdo?

Compartilhe:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.