Início » Sociedade » População afirma que policiais atiraram em cachorro no AM; promotoria diz que falta evidência
População afirma que policiais atiraram em cachorro no AM; promotoria diz que falta evidência
cachorro chamado Bethoven (Reprodução)
Compartilhe:
22 de setembro de 2023
Jefferson Ramos – Da Revista Cenarium Amazônia
MANAUS (AM) – Após moradores do bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, denunciarem que dois policiais atiraram na cabeça de um cachorro chamado Bethoven na noite de quarta-feira, 20, o promotor Iranilson Ribeiro, da Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, afirmou à REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA que, até o momento, ainda não surgiu nenhum vídeo que comprove o ato.
A Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) afirmou que tomou conhecimento do fato e que não compactua com a ação que culminou na morte do cão.
A nota informa, ainda, que os policiais autuavam em ocorrência que acabou com a prisão em flagrante de um homem por tráfico de droga. O promotor explicou que os policiais afirmaram que foram obrigados a agir “em estado de necessidade” para não serem mordidos.
PUBLICIDADE
“Vamos juntar o ato de prisão em flagrante que tivemos acesso para avaliar os depoimentos dos policiais e verificar. Há muitas pessoas filmando dizendo que os policiais mataram o cachorro, mas ainda não apareceu nenhuma filmagem no momento em que o policial efetua o disparo na cabeça”, declarou Ribeiro.
A Notícia de Fato foi aberta ainda na manhã dessa quinta-feira, 21. Esse procedimento é aberto preliminarmente para a promotoria reunir indícios de cometimento de crime. Se no andamento do procedimento for constatado indícios, um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) será instalado.
“Nessa apuração preliminar a gente já solicitou informações do Comando da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) sobre os policiais que participaram (da abordagem) e também da diretoria de Justiça e disciplina, o que já foi apurado sobre esse caso. Vamos aguardar as informações”, complementou.
Entenda o caso
A ação policial que acabou com a execução do cachorro “Bethoven” foi denunciada por meio de vídeos difundidos nas redes sociais. Em um vídeo, uma moradora protesta no fundo contra a prisão de um suspeito, segundos depois, é possível ver um clarão acompanhado por três ruídos, que podem ser comparados a disparos de arma de fogo.
Em outro momento da gravação, a pessoa que filmou a operação, grita: “Ele (policial) matou o Bethoven. Eles mataram o cachorro na maldade”.
No final do vídeo, os moradores se aproximam da guarnição policial e registram o animal já morto sanguentado. A moradora chegou a gravar a identidade de um dos policiais. No vídeo, não é possível ver os policiais reagindo contra a pessoa que gravava.
Leia a nota na íntegra:
A Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) informa que, tomou conhecimento da ocorrência, que resultou na prisão em flagrante de um homem por tráfico de drogas, e no disparo contra um cachorro no conjunto Boas Novas, no bairro Cidade Nova.
A PM-AM ressalta o respeito que tem por toda e qualquer vida, inclusive atuando no combate aos maus-tratos aos animais e vai instaurar procedimento administrativo para apurar a atuação pontual dos policiais durante a ocorrência.“
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Este site usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Cookies Estritamente Necessários
O cookie estritamente necessário deve estar ativado o tempo todo para que possamos salvar suas preferências de configuração de cookies.
Se você desativar este cookie, não poderemos salvar suas preferências. Isso significa que toda vez que você visitar este site, precisará habilitar ou desabilitar os cookies novamente.